Por George W B Cavalcanti
Acreditamos que a educação humaniza, apesar dos muitos equívocos e contradições em que, neste sentido, insiste em incorrer o homem – desde o mais omisso ao de mais completa formação acadêmica – seu principal agente e maior beneficiário –; como um genérico exemplo das etapas do processo educativo como um todo. Ainda assim, persistimos na firme convicção de ser ela, tanto em nível individual quanto coletivo, o caminho mais seguro e profícuo para que o concerto das nações supere os seus desafios. Uma problemática crescente em complexidade e urgências na construção da história.
A superação a qual nos referimos se dá pelo suporte, pelo incentivo e subsídios intelectuais propiciados pelo dinamismo da educação, em sua busca pelo novo e suas resultantes descobertas. Por suas etapas que descortinam e desvelam os incontáveis segredos do universo e das dimensões em que coexistem seus micro e macro cosmos. Na proporção em que, os saberes pré-existentes e acumulados – quando sistematizados e transmitidos cientifica, metódica e didaticamente – aditam densidade e consistência aos resultados da busca pela aquisição de novos conhecimentos.
Ainda que geradora de conflito, a educação é a via que melhor conduz à preparação para a vida e ao desenvolvimento humano. Portanto, os baixos índices neste sentido, quando apresentados evidenciam a inépcia dos responsáveis pela elaboração e execução de suas diretrizes, programas e projetos. O que retarda ou impede que um povo ou nação se aperceba como tal e acredite em si mesma. Ao contrário, o avanço se dá pela difusão da percepção do homem e da mulher como sujeitos de suas histórias, capazes de construir sempre novas relações.
Necessário se faz para tanto que todos entendam a educação como a mais eficiente e eficaz medida libertadora e, caminho de transformação para a construção de uma nova e melhor sociedade. E, que esta preciosidade não seja contaminada ou dominada por concepções mesquinhas de uma realidade discriminadora e excludente. Mas que, antes e sempre sem preconceitos de quaisquer naturezas, promova a inclusão social, o resgate da auto-estima e o desabrochar de vocações e talentos –; mercê da socialização que valoriza todo potencial humano. O que resulta em construir cidadãos e cidadãs capazes de desenvolver a boa crítica de si próprios e seus contextos. De maneira a não transigir do livre arbítrio e do respeito aos princípios democráticos.
Vale lembrar a especial atenção e priorização a ser dedicada para com a educação básica no campo, nos interiores e nas periferias dos grandes centros urbanos. Sem o que não se recupera nem se promove condições de competição justa por uma posição socioeconômica condigna à sua cidadania. Tão básica quanto essencial à preservação da cultura, do trabalho e da dignidade dessas populações, igualmente importantes para a validação do caráter civilizatório das políticas de governo. Uma vez que promotoras do desenvolvimento sustentado de quaisquer países que neste acertado sentido se coloquem.
Portanto, especialmente edificante e gerador de importantes perspectivas é acreditar que, teremos sempre que aprender e ensinar num processo dialético que, enquanto a verdadeira educação integral de cada ser humano, o acompanhe em toda a sua existência.