Saudação

Olá! Este é um espaço de escrita criativa com um toque de humor, e expressão da minha vontade de me aproximar do poder revelador das palavras. Testemunho do meu envolvimento com a palavra com arte, e um jeito de dar vida à cultura que armazeno. Esta página é acessível (no modelo básico) também por dispositivo móvel. Esteja à vontade.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

No que estou "torando um aço" - 2011/2012


Por George W de B Cavalcanti*


Por oportuno, constata-se que o contingente de criminosos brasileiros de arma na mão, tanto quanto as turbas predatórias de torcedores de times de futebol e a maioria da população carcerária, têm no máximo escolaridade de segundo grau e são oriundos do campo e das periferias. Majoritário seguimento que, na minha condição de cidadão e educador, sou instado a classifica-lo como analfafuncional. Uma vez alfabetizado, age como se analfabeto absoluto fosse.

Está a dizimar-se no atacado e, no varejo, aos que meritoriamente alcançaram conhecimento técnico e científico, competências e habilidades. À minoria que, pelo preparo intelectual e elevada qualificação profissional tem remuneração condigna e adita honestamente condição econômica, financeira e patrimonial ao país. Mas, que se encontra ao desamparo frente às hordas de drogado-zumbi-assaltante, ao crime organizado e às milícias mafiosas de todos os coturnos.

Esvai-se em sangue e lágrimas a elite altamente produtiva e básica para um Brasil desenvolvido. Que sai de casa como refém para retornar como vítima de furto, roubo, latrocínio, sequestro e crime de mando. Em um cenário que equivale à uma real guerra civil de saque homicida. Cujo nefando e nefasto saldo é a cotidiana perda de preciosas vidas, incluindo as altamente qualificadas e produtivas, em maior número que nas guerras mundo afora. 

O senso comum não atina se essa guerra fratricida serve à uma eventual radical redução populacional planetária. Mas, enfim, tome tento o neocomunista carreirista de plantão e o abutre engravatado e togado em suas torres de marfim e redomas de vidro. Porque do jeito que a coisa vai por aqui, pela lei de mercado as próxima vítimas serão vocês . Boas - se escapar do saque - Festas e Feliz - se sobreviver - 2012!... 



(Ilustrações - fonte: Google Imagens) 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Canção verde


Por George W de B Cavalcanti*


A vegetal pele planetária ora resiste e avança
para ensejar ser o simples mortal pai e mãe,
a rogar por nós e nos fazer cruzar ao portal
no momento só seu e suspenso no tempo,
no colo do amor sem espada nem lança,
alheia à contenda do bem com o mal;
mas, a dizer do seu direito de amar
ou reservar o seu lugar no mundo,
e na agenda dessa gente tonta
anotar o sistema moribundo.

Estou vendo a cor se desvanecer no cinza
mas, me aconchego mais nessa clorofila
que sob o sol transforma a luz em vida,
e faz renascer no verde da esperança
em cada criança que no berço chora;
o original cenário assim é oprimido
e tudo o quanto a natureza perde
pela mão insana do tosco voraz,
nessa orgia de tanto consumo
bestial e que a todos devora.

Não por presunção ou a querer ficar de fora  
nesse clamor por um senso mais aguçado,
no aprender com tal projeção do universo
nessa tela que estende pelo firmamento,
e por isto até seja o poeta condenado;
pela reflexão que expressa em verso
ao sentir todo o invisível aos olhos,
o essencial que tantos não vêem
e ser o escravo mais alforriado,
no lírico, pela era consagrado.

Me achego a ela para escutar a natureza
que faz brotar nessa esperança querida
pela dança fértil de óvulo com gametas,
nossa mãe generosa bela e imperfeita
tão imersa em sua líquida esmeralda;
quanto coberta pelo extenso manto
da noite em intenso azul marinho
estampado com tantas estrelas,
e sobre a nossa casa comum
cantar a canção da inteireza.



domingo, 4 de dezembro de 2011

Nove estrofes contra a violência

Por George W de B Cavalcanti*


Para quem possui grau
e conhece bem a história
deste país ainda em berço,
não é dada outras alternativas
senão aprender com a memória
e assumir a soberana necessidade
de nos erigir e até recompor a nação;
caro preço de refazer as nossas bases
para um caminhar firme de honra e glória.

Este poema é assim
com esta forma exótica,
escorregadio e deslizante,
é correndo atrás dos vadios
e omissos à responsabilidade,
que com discursos ocos e vazios
de irrespnosáveis e patéticos tiranos
nos marcam com a vil marca da besta;
de trono, séquito e manto de impunidade.

Bem sei que é denso
incômodo e até extenso
o clamor deste compatriota,
que se reserva o líquido e certo
direito democrático do livre pensar
e construtivamente viver no expressar
da consciência proba que ainda germina;
a despeito de continuar a ser tido e havido
qual uma mera cabeça a mais nesse rebanho.

O tempo pede profeta
que exorte em larga escala,
nos resgate logo moral e ética
e que possamos provar ao mundo
o poder que há em ser assim eclético;
este povo que, longe de ser o moribundo
como a fênix sabe renascer de suas cinzas,
ainda que o país de uma extremidade a outra
tenha o sangue escorrendo dos buracos de bala.

Ah! Exigimos piedade,
piedade Senhor piedade,
para a nossa gente profícua
se ver enfim livre e protegida
da histórica e iníqua oligarquia
de idiotas presunçosos e cínicos,
que nos contamina mais a cada dia
com o seu germe e perfídia genocida;
são o tipo de ameba, de calça e camisa.

É assim, aqui e agora,
em cada verso escorrendo
que alço a minha madura voz
a ares e mares em nove versos,
a maldizer esse horror contumaz;
que nos cobre de medo e incerteza
quanto à integridade e o direito à vida
dos nossos filhos ante contexto adverso;
violento cardápio onde morte é sobremesa.

Alerta turba e horda,
já esta na hora de saber
o que não te permitem ver:
que te induzem a ser torcida
de vazias fantasias e bobagens
enquanto a nação é só miragem
de um oásis de direito e de justiça;
no deserto em que morrem sedentos
e tanta gente sã vira carcaça e carniça.

Tem coça à cambada
pela consciência alerta,
que aqui estraga a festa
dos que agem qual abutre,
que nem por solo nem mãe
atende à rouca voz e à razão,
e por sua morbidez e presunção
segue a saquear essa pátria gentil;
a purgar, para ser uma grande nação.

Vamos à estrofe nova
que assim deixamos aqui
e que não é oito e nem dez,
apenas que se preste a servir
a vez da voz que a mim se junta
na corrente política que se renova,
e diz basta a corrupção e a matança;
por isso é poema que move e comove
e você tira, enfim, a dita prova das nove.






PS: A título de ilustração:  NO QUE ESTOU PENSANDO: Qual é o problema do Brasil? Qual é o problema do Brasil? (vide http://www.sangari.com/mapadaviolencia/ ) Ora, (e reza forte!...) o país "bregou"! É tomado e comandado pelos "analfafuncionais"; uma geração de iletrados que só acredita no direito da força [e da corrupção] e não na força do direito. E, qual a solução? Então, muito óbvia: mudar o povo brasileiro por meio de educação e conhecimento, lógico! ~ (em 16/12/2011
(**Ilustrações - fonte: Google Imagens)

Veja o vídeo a seguir - por favor, assista-o com atenção.
(antes de tocar o vídeo desligue outro áudio que estiver escutando)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Borboleta de papel



Por George W de B Cavalcanti*


Do papel sai a adejar em segundos
sem contudo causar a tempestades,
nem repercutir lá em outros mundos,
esses meus escritos não concluídos;
poéticos, leves e também animados
levam sentimento a voar pelo mundo.

É a metamorfose em pensar efusivo
aqui colocando em todos seus lados,
insuspeita parceria no branco da cal
das alvas paredes dessa casa antiga;
típica estética adquirida em crisálida,
a buscar pousada nessa gente amiga.

Por analogia, os tenho assemelhado
às elegantes formas de papilionoidea,
umas com aparência monocromática,
ou mais ousadamente multicoloridas,
fazem o silencioso aplaudir com asas;
tão característico código e linguagem
é uma troca de mensagem com a vida.

Tela viva que afirma sua arte original
em prisma que decompõe a fonética
nas cores de um pensar contido nela,
a imprimir nas almas o que mais tem
e aguardar beleza em gestos ou sinal,
do coração na composição mais bela;
que resulta sempre da firme permissão
de afirmar a beleza que o bem contém.

Toda palavra poética é um ente alado
que surge na gestão do próprio casulo,
e alheio aos que ruminam outro plano
poliniza amores para além dos muros;
segue assim feliz e recolhe a néctares,
volta no colo do vento a cruzar mares,
traz toda benesse e a luz aos escuros.

Vai poema a sublimar as minhas dores,
mas, leva uma boa percepção da vida,
um canto que desperte lume e arrebol,
o nascer do sol que aquece o novo dia;
pousa a borboleta em outros corações,
coloca graciosamente a plenos vigores;
poesia que nasce das fibras do meu eu
pela parceria diáfana assim esvoaçante,
como a querer beijar todo o azul do céu.




Rádios de Israel - escolha a estação

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