Saudação

Olá! Este é um espaço de escrita criativa com um toque de humor, e expressão da minha vontade de me aproximar do poder revelador das palavras. Testemunho do meu envolvimento com a palavra com arte, e um jeito de dar vida à cultura que armazeno. Esta página é acessível (no modelo básico) também por dispositivo móvel. Esteja à vontade.

domingo, 25 de outubro de 2009

O Incidental Vicioso

Favela da Rocinha, Rio de Janeiro/RJ - Brasil


Por George W B Cavalcanti*


I
Futuro instável é o homem sem conhecimento,
Ao hipocritamente insistir em se chamar humano;
Mas, desmoraliza o animal em sua condição básica,
E, ridiculariza sonhos envoltos em rendas e brocados;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

II
Alienada reincidência, teimosa, viciada e contumaz,
Tanto fez como tanto faz em seu pragmatismo amoral;
Se, com uma mão dá a parte, no todo em tudo se subtrai,
E, sua história idiota estreita, torta e sanguinária suporta;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

III
Criativo no varejo e no atacado vai se tornando inviável,
Presunçoso que envergonha seu gênero em número e grau;
Se faz coletividade para se tornar feroz ou ainda mais mortal,
E, tudo é motivo para guerra em sua sanha de escravizar irmão;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

IV
Espoliador do mais fraco em sua incontrolável compulsão,
Rapina e rapta, se reproduz e replica a Caim enquanto assalta;
Se, é lobo da estepe, friamente se coloca como um franco-atirador,
Sempre malícia, travestida de milícia a retesar arco e afundar barco;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

V
Estreita faixa tem a ordem no primitivismo de seu congresso,
Fictício paleolítico progresso e real pitecantropo ereto retrocesso;
Enquanto cheira mal o delírio por 'gulag' caudilhista latino-americano,
Generosidade fictícia e a sempiterna degenerada utopia apodrecida;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

VI
Insana é a teimosia em guardar a justiça em vasilhames,
Enquanto a injustiça cuida de revigorar moribundos horrores;
Glória banhada de sangue da maioria pobre ou minoria diferente,
Que apenas o homeopático talento não cura, entre promessas e juras;
Porque os pecados todos são como base e não como face,
Na atrevida e cônica ignorância, de nós, humanos.

VII
Regimes, crises e crimes, de repetição viraram mera indústria,
A riqueza feita com tráfico de escravos virou escrava do trafico;
Porem a cegueira da vaidade revela ser sempre o seu pior narcótico,
Bomba atômica líquida e incerta e, letal 'pedra no sapato' de gigantes;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

VIII
A insensatez despudorada e crua, nua se exibe, brilha e fascina,
E, faz entrar sorrateira pelas frestas as pesadas névoas das trevas;
Que esconde a inflados egos que sempre se sobrepõem às doutrinas,
E, a corrupção endêmica a prostituir as democracias, em cada esquina;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

IX
E, ancestral é a sentença à pesada a pena aplicada a ignorância,
Que por desconhecimento gasta a própria vida a repetir a história;
Recorrente amnésia que nos faz animais que abdicam da existência,
Do aroma do saber, do gosto do realizar e do prazer do eterno construir;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

X
Civilizações e seus gemidos são sombras projetadas no interior das cavernas,
Senão falha a memória, são: Faraó, Inquisição, Cortez, holocausto e Búfalo Bill;
Mesopotâmia, Hitler, Hiroshima, Saddam, Pinochet, Calígula e, escravidão no Brasil,
E, rastro homérico de sangue de Stalin a Pol Pot e, do Ahmadinejad a ameaça já partiu;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e cônica ignorância, de nós, humanos.

XI
Apartheid e os tzares sufocaram o grito da Etiópia no quilombo dos palmares,
Maias, Incas e Astecas e, a ‘companheirada’ toda a viajar com 'dólares na cueca';
Floresta, madeireiro, motosserra e, o comendador da zona por celular sangra a mata,
Sem ética, moral ou peso na consciência e, a conversa mole e chula continua toda igual;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.

XII
Vai polícia morro acima e chumbo quente morro abaixo, no 'pressal' e no vinagre,
Mas, o ‘teflon’ cobre a panelas e políticos, bordunada na imprensa e filas do sacrifício;
Na pátria do bom selvagem informatizado, saudades do homem cordial de antigamente,
O paradigma na memória me faz teclar ‘enter’ e, que a história resgate o futuro dessa gente;
Porque todos os pecados são como base e não como face,
Na atrevida e crônica ignorância, de nós, humanos.


*
Guershon Ben Levi (nome hebraico recebido em Tevilah na CINA conforme a tradição)

sábado, 26 de setembro de 2009

Embaixada não é piquete - de 'laia em laia'...



Por George W B Cavalcanti



Com segurança e serenidade afirmo que pertenço a uma geração que em sessenta (60) anos foi co-participe de transformações tecnológicas, econômicas e políticas que, em seu conjunto, foram mais “velozes e furiosas” do que as tais havidas em todos os períodos anteriores. E, particularmente, apesar do ostracismo imposto por aquí aos democratas autênticos pela hegemonia do “coronelismo de touceira” novamente vigente neste rincão, tenho conseguido – pela misericórdia do Eterno – me manter suficientemente bem informado. Ao ponto de não ser apenas mera testemunha da globalização e seus importantes momentos de transformação, mas, em particular, um atento observador com reiterado exercício crítico das realidades –; daqui e de alhures .

Nesse “trupé” (provável corruptela do termo original tropel) – expressão típica do campesino local para indicar um ritmo acelerado de marcha – assistimos à consubstanciação de idéias, de coisas e de personagens que, em tempos não muito remotos, renderiam, a quem as ousasse cogitar a pecha de louco ou “pirado”. Ou então, no obscurantismo da ditadura militar que durante vinte (20) anos nos amordaçou, ser o clarividente cidadão enquadrado como terrorista ou subversivo. No entanto, conjecturas as mais ousadas, não só chegaram a existir como a ser viabilizadas, aceitas e assimiladas em larga escala por nossa carente população como novos valores do cenário nacional. Até como pretensos modelos para o resto do mundo.

Bem sabemos ser axiomática a máxima que preconiza que “a roda do tempo gira, mas a história não se repete”. Pelo menos em parte, a tirar pelas recentes evidências havidas por aqui nos campos político, econômico e social –; com desdobramentos e imitadores a compor variações em torno do mesmo tema. Ou seja, encetar manobras ora sutis ora truculentas – mas igualmente cínicas – para se perpetuarem no poder mediante uma prática utilitarista da democracia. A que antes, ferrenhamente pareciam defender como arautos da ética e da moralidade pública. No que pese essa mesma geração ter assistido a queda de tiranos de todos os matizes, a implosão de ditaduras genocidas, a evaporação da utopia do “socialismo real” – vez que, enquanto existir ganância no mundo, socialismo real só mesmo entre membros de remanescentes monarquias – com dissolução do bloco soviético e a emblemática queda do ‘muro de Berlim’.

Mas como já dizia um vetusto sábio da minha fé e crença: “na mão de hasatan o pecador não se emenda”. Porque, então, bafejados pelos efeitos – não só estufa – delirantes e, até, alucinógenos, do superaquecimento da economia global e da ‘bolha’ fétida do sistema financeiro –; estão a pontificar de estadistas? A dominar o noticiário internacional recente, uma malta de elementos imaturos e/ou despreparados e inéptos para o poder máximo em uma nação. Os quais, embora especialistas em medidas de caráter populista e em construir imagens pessoais carismáticas junto aos carentes, já começaram – sob máscaras de simpatia e com surpreendente desenvoltura – a colocar suas “mangas”, ou melhor, garras de fora. Até porque são frutos de um antigo e crônico déficit educacional latino-americano -; de culturas e de uma escala de valores – se é que assim pode ser considerada – que em quase nada mudou ou evoluiu na última metade do século próximo passado.

O fato é que nós sessentões estarrecidos estamos a ver e a assistir – não de braços, mas, de ‘links’ cruzados – ao que, como diária o “Maluco Beleza” – “toca Raul!” –: “o bem e o mal de braços e abraços num romance astral”. Uma vez que, quem antes era em tempo integral ‘estilingue-giratório’ do sindicalismo ‘piqueteiro’, ora se transforma numa lustrosa vitrine de boutique, de grife, evidentemente. Quando, com grande desfaçatez, a tal da ganância à qual nos referimos acima – e, sempre ela “velha de guerra” – gesta nas cabeças a tal da “democracia bolivariana”, caracterizada entre outros acometimentos, por um insistente prurido de “plebiscitos e consultas populares” que lhes permitam adulterar Constituições e a corromper os postulados democráticos. Mas, não se enganem, invariavelmente, com o velado – às vezes nem tanto – propósito de perpetuação do seu grupo ideológico (?) no poder. Sob a égide de carcomida e obsoleta concepção de progresso e desenvolvimento -; no que seria seu modelo de governo: autocrático, monocrático, vaidoso e ufanista. Uma panacéia caudilhista para os males da renitente e funesta concentração de renda latinoamericana. E que, ora transforma uma de nossa embaixadas - quantas mais? - em hopedaria das pendengas alheias.

Arriscaríamos identificar - não precipitadamente - nisso tudo uma orquestração que está mudando, nessa parte do hemifério sul, a linha de conduta de Estados antes Constitucionais, em posturas de governo assumidamente aéticas com ações externas perigosamente pragmáticas porque engemonicas. Visto que são notoriamente descompromissados com escalas de valores ético e morais –; especialmente com os pontificados pelos preceitos de nossa tradição religiosa. E, provavelmente a coisa toda já esteja mais além e, até mesmo inclua uma tresloucada aventura de uma “edição revista e atualizada” da antiga URSS do “lado de baixo do equador”. Que, na versão latina eventualmente seria uma, digamos, “URSLB” – União das Repúblicas Socialistas Latinas Bolivarianas. É de arrepiar, mas os sinais de alerta estão aí por todos os lados.

Continuando, salientamos que essas amiudadas ingerências das tais "lideranças" - "Ó coitados", quanta carência nos respectivos quintais! - dessas nações em assuntos internos alheios apontam no sentido de que, esses grupos estão pouco se lixando para o Direito Internacional Público e para a opinião pública local. Essa fragilizada opinião pública, geralmente habilmente cooptada - em sua miséria - mediante assistencialismo paliativo, obras pontuais (que se arrastam indefinidamente), farta propaganda e de tentativas de calar a imprensa. Em outra frente, a interna, essa súcia de pretensos novos caudilhos - figura política que, enquanto no poder, legisla em causa própria para nele se perpetuar - labutam dioturnamente para conseguir o mais ampla e celeremente o aparelhamento e a partidarização das instituições republicanas.

Também vimos constatando que ultimamente ando um tano avesso ao sub-título deste ‘web log’ (blog), cuja definição propugna por uma visão global poética. Ocorre que, além da minha árdua luta renhida pela subsistência - minha e de minha nonagenária mãe -, os rumos preocupantes dados às nossas Representações Diplomáticas e Embaixadas estão a me incomodar enquanto cidadão e, não a me tornar, mas, a me fazer "estar um tanto ou quanto apoético”. Também, até quando essa nossa encanecida geração – herdeira que é “da última flor do Lácio inculta e bela” , como escreveu o Bilac – vai ter que repetir o conhecido verso: “Até quando iremos precisar de ridículos tiranos” –; como em outros tempos escreveu ‘um outro’ Caetano. Mas,é insofismável que vimos e vivemos tempos retrógados de tentativas de ressuscitação do contumaz caudilhismo nos trópicos. Quando, chegamos a 'esse’ (ou seria, esses?) Lula ("carne e unha" com a besta Ahmadinejad), ao Chávez, ao Morales, à Kirchner, ao Correa, à Bachelet -; e agora? ...Chega-se ao Zelaya.


- FORA ZELULAYA da embaixada do meu país! "Lula, Lula, leve essa mula"

domingo, 20 de setembro de 2009

O funk como o degustam



Por George W B Cavalcanti


M
uitas verdades deixam de ser ditas e ensinadas nas escolas pelo condicionamento sócio-educativo dos sistemas político-econômicos nos quais estão inseridas. Uma vez que tais verdades adequadamente assimiladas na formação da personalidade, do caráter do cidadão em formação – e, conseqüentemente, de toda uma escala de valores sociais -, iriam afastar ou reduzir em muito a modismos e consumismos –; contrariando, então, a muitos interesses econômicos confessáveis e, ourtos, inconfessáveis.

Para começar é imprescindível para que uma criatura se compreenda enquanto racional e humano que lhe seja explicado – “tintim por tintim” – que cada um de nós é organicamente um saco de hormônios – e de outras coisas, obviamente – ambulante. E, que principalmente eles, os hormônios, tem um importante papel – senão proporcionalmente predominante – na cronologia do organismo no ciclo reprodutivo da espécie e, portanto, como condicionadores comportamentais.

Estão na raiz das necessidades pessoais e suas buscas. Dos erros e acertos no comum afã por aceitação em grupos e inserção em contextos. Ou, pelo menos como forte indutor de uma série extensa de atitudes individuais e coletivas involuntárias e voluntárias. De "caras e bocas" e de expressões corporais afins. Correlação orgânica e emocional que abre portas para oportunistas, ávidos por fortuna com a manupulação do inconsciente coletivo, expresso nos sucessivos modismos.

Hipocrisias à parte, todos reconhecemos que - em maior ou menor grau – cumprimos natural e sadio papel exibicionista e/ou voyeur, ao menos enquanto fator inerente a garantia de nossa descendência. Conceituações artísticas e reflexões filosóficas e religiosas podem (e devem) ser feitas à vontade. Mas, que o movimento cultural do ‘funk brasileiro’ está inserido nesta dinâmica; ah! Isso tá! E, na minha modesta opinião, como seria inteligente e salutar que este enfoque fosse abordado pedagogicamente.

Inegável é – especialmente em decorrência do caldeamento genético – a abundante beleza física da nossa gente. Notadamente no típico dote corporal herdado das nossas ancestrais africanas e do oriente médio e, expressivamente presente na média da estética que caracteriza biotipo da mulher brasileira. Assim como, as fusões e confusões das nossas matrizes culturais fazem de nós um povo que valoriza, em boa parte, certas evidências estéticas e apelos sensuais por aquí abundantes.

Tanto que, a música funk adquiriu – melhor dizer, ganhou – em nosso país características de movimento cultural com dinâmicas próprias. Entre elas a de aposentar de vez os ‘cofrinhos’ – que nos desculpem as "gringas" – como opção de ‘poupança’ e instituir as nossas "casas da moeda" como o amplo e melhor investimento... E, já tem até seu lema: “Um bumbum não se perde, um bumbum se cultiva” (ou seria: se conquista?). Sei lá... Enfim, onde atualmente abunda a cultura popular superabunda o funk. "Rare baba", funk!



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Reflexões à toda, ora



Por George W B Cavalcanti*
(título da postagem modificado em 25/02/2012)



Questão de saber
A ignorância é atrevida porque não sabe o que sabe, não sabe o que não sabe, não sabe o que precisa saber e acha que sabe o que o outro sabe.

Rudes costumes
Vivo em minha pátria estrangeiro em terra de rudes costumes.

Atrazocultura
Enquanto o noticiário político só enfatizar personagens e rixas - e não projetos, empreendimentos e realizações -, estaremos plantando o atrazo e 'indo do nada para lugar nenhum'.

Espírito do corpo
Que fique claro que o espírito também tem coração.

Bombar a bordo
A bordo de palavras transitamos desde a degustação da ternura até a indignação cívica, passando pela desconstrução do ridículo.

Com certeza
Sem a certeza do amor a nossa vida não tem sentido.

Temerária lisonja
Reiterados elogios à beleza física - superficial e fugaz que é - ao invés de lisonja deve causar medo.

Super ego
Na maioria dos casos o ego se sobrepõe à doutrina.

Poderoso olhar
Com o nosso olhar podemos ofertar um inverno de tormentas ou um pedaço de céu de primavera.

Vermes graúdos
O político fisiológico corrupto trocado em miúdos: sf. Um tapurú, verme com mandato.

Erócio
O ócio favorece o cio.

Gordura explícita
A má distribuição de educação alimentar criou um novo povo: os 'Visigordos' -; os que já não conseguem esconder a gordura corporal.

Sócios solitários
Graças à escassa mobilidade social - principalmente fora do 1º mundo - a Internet é uma grande rede social, de solitários.

Pragmática cultura
Por uma questão cultural o brasileiro é oficialmente democrata e politicamente autocrata -; não vota no institucional, vota no providencial.

Conhecimento amputado
Uns "dão os anéis para não perder os dedos", outros não gostam de anéis - principalmente dos de graduação - porque lhes falta um dedo.

Espinhoso
O SUS cata as espinhas do peixe que come enquanto os segurados assistem morendo de fome.

No grito
Ao que tudo indica o 'Grito do Ipiranga' teria sido outro: "Incompetência ou morte!"

Suposta gente
País supostamente emergente continua o mesmo: "geme gente"!

Masurpiosas
A 'sociedade de consumo' deu origem à "mulher-masurpial": Sempre sozinha e carregando a prole nas costas ou/e na bolsa.

Sítio secreto
O Senado brasileiro já pode ser considerado 'sítio arqueológico'. Foram encontradas 500 "múmias de atos secretos" com mais de 10 anos!

Cardápio crú
Cozinha francesa e "crusinha japonesa". Afinal a maioria dos pratos nipônicos são servidos crús e não cozidos.

Oitiva na peneira
É preciso escutar os rumores e conhecer os humores, até para não 'morrer de amores'.

Boa lágrima
Nem sempre diga não chore, porque nem toda lágrima é ruim.

Voo de bengala
País há que, é salvo do 'vôo cego' pelo 'piloto automático' do instinto coletivo de sobrevivência.

Bomgevidade
Para que a existência nos seja pródiga e que possamos todos ir mais além, nunca é tarde para se fazer ou desejar o bem.

Causa e efeito
O 'culto à felicidade', progenitor da "teologia da felicidade", é filho genético da massificação da infelicidade pela infelicidade das políticas de governo.

Rebaixamento
Acordos políticos espúrios tornam os participantes irrelevantes e rebaixam a classe que representam.

Solidão e carícia
Há quem troque a solidão por uma carícia e quem à uma carícia prefira a solidão.

Ridículo fingimento 
O mais ridículo no humano é fingir ternura.

Amor e ternura
Há amor sem ternura mas não há ternura sem amor.

Sem acaso
Tenho importantes motivos para crer que, o que tirou os dinossauros do nosso caminho para que existíssemos como espécie não foi o mero acaso.

Sumiço
Sumiu o 'sexo frágil' e junto se foi o relicário da ternura feminina.

Sem clima
Progresso que piora o clima não compensa.

Democratice
Democracia sim, 'democratice' - cretinice democratizada - não.

Balancear
Do ponto de vista prático o orgasmo é, o "outro prato da balança", mais democrático para o equilíbrio emocional.

Becos e vielas
A irreverência sensata põe holofotes sobre becos e vielas da realidade.

Gota poderosa
Uma gota de água também pode brilhar como ouro e pesar como chumbo!

Curvas apreciáveis
Tenho especial apreço pelo estudo das 'curvas móveis', mas não propriamente as oferecidas a um arco de violino quando se tira som de serrote.

Lactoimbecilos
O "IDH" - Igualitária Distribuição de Humilhação - não permite à periferia que a própria se eduque o suficiente-; mas, cada dia fica mais evidente que aprendeu a distinguir entre lactobacilos e "lactoimbecilos".

Sabor de sentimento
O sabor da vida não vem pelo paladar ou pela razão, vem pelos sentimentos.

Tipificando
Existem somente três tipos de políticos: o ideal, o real e o infernal.

Silêncio inteligente
As vezes o gesto mais legítimo que um homem inteligente pode ter é ficar em silêncio.

Melhor viver
Enfim saber viver, é tudo que favorece a qualidade de vida na melhor idade.

Caráter e justeza
O verdadeiro poder de alguém está na força de seu caráter e na justeza de suas palavras.

Inépcia esfarrapada
Toda retórica mirabolante para firmar falta de solidariedade não passa de desculpa esfarrapada de egoísta inépto para a vida.

Do grotão à favela
Nas cabeças das oligarquias só existe uma mobilidade social possível aos menos abastados: do "grotão" para a favela.

Romance futuro
Preservar a natureza é escrever com a própria vida um romance sobre o futuro.

Cenas bestiais
Em geral, excetuando-se pontuais momentos de metanóia e/ou epifania, a história toda é uma sucessão de cenas bestiais que, de longe, supera às dos ditos irracionais.

Ora pongas 
Que saibam todos que: Uns paranoicos nos bisbilhotam; Na covardia diária do anonimato... Kremlin neo-bolchevique tupiniquim? Nova versão da "Gestapo cabocla"? Ou, seriam serviçais do "Consenso de Washington"?

Lembrete lacrimoso
Abençoado é o homem que traz em sua mão a cicatriz invisível de uma lágrima preciosa, porque ela é um lembrete permanente pelo resto da vida.

Respeito é bom
 Diversidade você não é obrigado a aceitar, você é obrigado a respeitar.

Antigena educação
Preconceito se resolve com esclarecimento e educação.

Verdade verdinha
Para saber se um povo é esclarecido é só perguntar ao eleitor o que vale mais, se, uma "verdinha" ou uma verdade.

Indiferenças
A diferença entre o capitalismo e o Michael Moore é que "o capitalismo é o diabo" e o Michael Moore é fianciado com o dinheiro do "diabo".

Sombra asinina
A sombra da burrice sobre a Terra continua a ser maior que a sombra da Lua.

Acuados
Populações latinoamericanas, acuadas entre democracias oligárquicas e caudilhismos populistas, não conseguem atender às exigências da modernidade nem beneficiar-se de seu desenvolvimento.

Caminho e companhia
O bom trabalhador nunca está sozinho e o bem trabalhar faz o seu caminho.

Os outros por si
Há pessoas que para ser precisam ter mais e pessoas que para ter precisam ser mais. Desta correlação decorre a auto-valoração e a aplicada sobre os outros.

Irrenunciável
Mau é quem se dedica a fazer com que a vida, na parte ou no todo, renuncie a sí mesma.

Solidão a dois
A pior solidão é estar com alguém e sentir-se completamente sozinho.

Amizade e cura
Houve um tempo em que a amizade curava mais do que o vinho.

Depósito e propósito
A sociedade não quer saber da honestidade de propósitos mas do dinheiro que se tem para depósito.

Alienação
Quem não conhece a história está fadado a repetí-la.

Vida calada
Nossa vida começa a acabar quando nos calamos.

Forte reabastecer
Na hora sombria a alma forte em D-us se reabastece e ganha forças para resistir e continuar.

Que vier e caviar
Os mais pobres comem o que vier para que os mais ricos comam caviar.

Irracionais ardis
Os irracionais são ardilosos por sobrevivência e os racionais são hipócritas por incompetência.

Alerta questionador
Por ser alerta, cuidadoso e compassivo, sou, como Jó, questionador.

Ferramenta dos poderosos
A lei sempre foi uma ferramenta poderosa para as classes dominantes.

Metade às escuras
Apesar de toda luz do sol é sempre noite na metade do mundo.

Sincera verdade
A sinceridade é um bem maior por conter em sí um bem supremo que é a verdade.

Lição e entendimento
Algumas lições não podem ser ensinadas, você tem que vivê-las para entender.

Íntima verdade
Todo mundo mente porque ninguém conta a verdade sobre si mesmo.

Pureza viva
Sempre soube que o meu coração era puro, vocês só precisavam viver para ver.

Vida melhor
A segunda vida nunca é igual à primeira, às vezes é até melhor.

Inconvenientes
Tem gente que só faz o que é certo quando é conveniente apenas para si próprios; esses, são os maus.

Sábio proveito
Mais proveitoso é sugerir melhorias e soluções do que apontar falhas e problemas.

História e firmamento
No tapete vermelho da história a verdade não caminha por cima, por isto eu prefiro o azul do firmamento.





segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A lei de cada um - aforismos



Org. George W de B Cavalcanti


"A realidade é uma ilusão criada por uma aguada escassez de álcool". (de Raymod Aron, filósofo liberal francês)

"A Democracia é a pior forma de governo, exceto as outras". (de Winston Churchill, estadista ingês)

"É verdade que a liberdade é preciosa. Tão preciosa que é preciso racioná-la". (de Lênin, ideólogo comunista russo)

"Uma única morte é uma tragédia; 1 milhão de mortes é uma estatística". (de Stalin, ditador siviético)

"Os políticos em qualquer parte são os mesmos. Eles prometem construir pontes mesmo quando não há rios". (de Krushev, primeiro-ministro comunista soviético)

"O ilegal é o que fazemos imediatamente. O inconstitucional é o que exige um pouco mais tempo". (de Henry Kisinger, secretário-geral de Estado norte-americano)

"Um conservador é um homem com duas excelentes pernas, que contudo nunca aprendeu a andar para a frente". (de Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos da América e estadista)

"A dificuldade não está nas idéias novas, mas em escapar das antigas". (de Lord Keynes, economista, filósofo e escritor inglês)

"Patriotismo é a convicção de que o país da gente é superior a todos os demais, simplesmente porque alí nascemos". (de Bernard Show, pensador e escritor inglês)

"Num país onde o único empregador é o Estado, a oposição significa morte por inanição. O velho princípio de quem não trabalha não come é substituído por um novo princípio: quem não obedece não come". (de Hayek, cientista político e escritor)

"Um banqueiro é um tipo que nos empresta um guarda-chuva quando faz sol e exige-o de volta quando começa a chover". (de Mark Twain, teólogo, filósofo e escritor norte-americano)

"Grandes aumentos de custos com questionável melhoria de desempenho só podem ser tolerados em relação a cavalos e mulheres". (de Lord Kelvin, economista político e escritor inglês)

"As promessas só comprometem aqueles que as recebem". (de Charles De Gaulle, general e estadista francês)

"O mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros". (de John Randolph, congressista norte-americano)

"Os ministérios se compõe de dois grupos. Um formado por gente incapaz, e outro por gente capaz de tudo". (de Getúlio Vargas, presidente da república do Brasil)

"Faz-se campanha em poesia e governa-se em prosa". (de Mário Covas, parlamentar e governador do estado de São Paulo)

"A política não é a arte do possível. Ela consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso". (de John Kenneth Gabraith, cientista político e economista norte-americano)

"No tocante a celibato e casamento é melhor não interferir, deixando que o homem escolha o que quiser. Em ambos os casos, ele se arrependerá". (de Sócrates, eminente filósofo grego)

"É verdade que há vários idiotas no Congresso. Mas os idiotas constituem boa parte da população e merecem estar bem representados". (de Hubert Humphrey, vice-presidente dos Estados Unidos no governo Lindon Johnson)

"Não estão seguras as vidas, a liberdade e a propriedade de ningém enquanto a legislatura estiver em sessão". (de King Murphy, pensador e escritor norte-americano)

"O político deve sempre buscar a aprovação, porém jamais o aplauso" (de Montesquieu, teórico-político e estadista francês)

"A política é a arte de fazer hoje os erros do amanhã, sem esquecer dos erros de ontem". (de Roberto Campos, economista, político e escritor brasileiro)

"O eleitor não deve nunca esquecer que é o mandante. O eleito é simples mandatário". (Ulysses Guimarães, deputado federal, PMDB-SP e constituinte em 1988)

"O demoníaco não é uma lenda - é o que os homens fazem uns aos outros". (Guillermo del Toro, cineasta mexicano autor de Hellboy e de Noturno, em 2009)



segunda-feira, 13 de julho de 2009

A minha tintilante sacolinha de palavras



Por George W B Cavalcanti


A
bordaremos neste, por oportuno, a três aspectos peculiares às cenas sociais e políticas de um povo que, por conta de suas triunfantes nulidades foi, no início do século passado, distinguido com a pertinente mais famosa queixa de Rui Barbosa - "De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." -, o nosso eterno impávido colosso intelectual. Pelo que – de passagem – vale lembrar que as tais nulidades do seu tempo, a que se refere, jazem esquecidas e anônimas em infecta decomposição na "lata de lixo" da nossa história.

Neste afã tomamos por empréstimo do idioma russo o verbete intelligentsia e o seu antônimo e a postura que lhe é contrária. Estes últimos, já nominados inteligentemente por analogia pelo brilhante articulista J. R. Guzzo em sua página semanal na revista Veja, como a seguir organizamos.

Intelligentsia, sf. Palavra do idioma russo criada para designar a classe de gente que em geral vive nos degraus superiores da sociedade e a quem se atribui a capacidade de pensar o que é melhor para todos, devido aos altos teores de sua instrução, preparo profissional e Inteligência.

Burritsia, sf. Palavra que define uma classe de pessoas em tudo idêntica a acima nominada. Os que fazem parte dela também estudam muito, raciocinam “em bloco”, armam estratégias e, ao fim desses esforços, sempre chegam à conclusão errada – ou, entre todas as decisões possíveis, escolhem sempre a pior.

Espertetsia, sf. Classe de pessoas cujo conjunto de características é em tudo similar ao das citadas no verbete anterior. Com o agravante de considerar o seu país espertíssimo, por freqüentemente considerar a “malandragem” como uma forma superior de virtude.

Acreditamos que, bem apropriado é não duvidar que a burrice faz parte das doenças que não tem cura. E que, por isso mesmo produz efeito em qualquer época, como se pode verificar com tanta facilidade em nosso país nos dias de hoje –; mas, sosseguemos, nem tudo está perdido.

Existe uma disciplina denominada de Psicologia Cognitiva Lingüística que ensina a compreender e a tratar desse quadro mediante a aplicação “terapêutica e/ou profilática” do inesgotável arsenal vocabular. Como veremos em seguida nos seus pressupostos, importantes para a consolidação da vitória da inteligência.

“Sem uma interação que favoreça um constante crescimento de domínio vocabular – sem se conhecer a mais e mais palavras – é impossível a realização do pleno pensar humano. Ou seja, ampliamos o nosso pensar a medida que temos palavras novas para fazê-lo –; porque sem elas os novos e ampliados pensares inexistem”.

“Há a impossibilidade de pensar humanamente sem palavras, porque a ausência delas não permite que se desenvolva o raciocínio abstrato, classicamente humano”.

“O pensamento simbólico é a marca dos seres humanos e, hoje, não se acredita que sem palavras o seu pensamento seja possível –; que tenha capacidade de, como tal, realmente pensar”.

Vivemos em um mundo de palavras. Nossos pensamentos, o mundo de nossa imaginação, nossas comunicações e nossa rica cultura são tecidos nos teares da linguagem... A linguagem é o nosso meio... É a linguagem que separa os humanos do resto da natureza. (Richard Leakey, celebrado antropólogo)

A nossa capacidade de usar as palavras tem muito a ver com a nossa capacidade de pensar. E precisamos de um cérebro grande (três vezes maior do que o de outros primatas) para lidar com as exigências da linguagem. (Harry Jerison, neuropaleontólogo)

“A grande parte do nosso mundo moderno requer a inteligência que se estrutura por intermédio de palavras. Quem não aprendeu bem a usar não sabe pensar. No limite, quem sabe poucas palavras ou as usa mal ou tem um pensamento encolhido”.

Os limites da minha linguagem são também os limites do meu pensamento. (Ludwig Wittgenstein, filósofo)

“O bem pensar é indissociável da competência de bem usar as palavras. E neste particular não restam dúvidas de que a educação tem muitíssimo a ver com o desenvolvimento da capacidade de usar a linguagem. Portanto, o bom ensino prioriza a competência lingüística”.

Mas a guisa de embasamento estatístico que favoreça a reflexão de nós brasileiros, vamos às informações pertinentes recentes e amplamente divulgadas pela imprensa nacional e internacional, ou seja:

1. Pelos testes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), na 4ª série 50% dos brasileiros são funcionalmente analfabetos –; ou seja, escrevem, lêem, mas são incapazes de interpretar os textos;
2. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), a capacidade lingüística do aluno brasileiro corresponde à de um europeu com quatro anos menos de escolaridade.

Reitero, portanto, a minha gratidão ao meu já falecido pai de saudosa memória – que regularmente varava madrugadas sorvendo palavras em livros, revistas e jornais –, exemplar indutor do meu gosto pela aquisição de palavras. Tanto que costumo, desde que me lembro, buscar humilde e cotidianamente - com devoção quase religiosa - novos saberes junto a 'congregados' textos e contextos -; sejam eles populares ou eruditos.

Enfim, asseguro que, quando faço a coleta nas fileiras do saber, para mim tanto faz se o óbulo do conhecimento apresenta-se com feição filosófica, de bula de remédio ou rótulo de papel higiênico -; porque as palavras igualmente manam generosamente para a minha ‘sacolinha de coleta do conhecimento'. Todas brilhando aos meus olhos e tilintando aos meus ouvidos, como verdadeiras moedas de ouro.




terça-feira, 7 de julho de 2009

Sintomas de 'Mal de Teflon'

Por George W B Cavalcanti


O
s verdadeiros estadistas a avaliam e, eu, arrisco por aquí as minhas olhadelas sobre a história recente deste país. E, muito provavelmente, tanto para os famosos quanto para este desconhecido 'rábula', o espanto é o mesmo. Até porque, na realidade o conceito do brasileiro enquanto pessoa e aspirante a cidadão continua baixíssimo nos aeroportos internacionais da vida. É vexame, constrangimento, humilhação, prejuízos - quando não morre massacrado à sangue-frio pela polícia inglêsa - e deportação a toda hora -; e, tome "pé na bunda" repatriado. Mas, o que isto importa para os senhores atuais presidentes - o da República e outro do Senado? É mole não mas, estão de há muito mais ligados do que arroz cozido chinês, quem diria... PT - Partido dos "Transformers"!

Enquanto isso o país segue infestado não só pela gripe 'A-suína', mas por males muito mais virulentos e fatais -; haja vista o sorvedouro social vertiginoso a levar o país pelo ralo. Furacão e tufão são 'cafés pequenos' se comparados à quarentena imposta à cidadania pela corrupção, bandidagem, impunidade, legislação surreal e/ou caduca e pela justiça parcial e lerda. O seu rastro é a falência da segurança pública, os buracos (dentro e fora das estradas), a violência na escola (quando tem escola), saúde pública caótica e na UTI e Congresso Nacional desmoralizado. E, se adite a isto as catástrofes climáticas.

Transcende a tudo isto o destampar da "Caixa-preta de Pandora" de onde saltam aos olhos os 'Atos & Fatos" - muito mais os fatos - secretos do Senado. Está tudo na imprensa -; esta, 'bendita seja'! Diz a mãe democracia. Mas, o presidente da República por aquí só quer aparecer ao lado de time de futebol campeão, falar e passar "pitos fictícios".

Chegar junto dos fatos e vociferar contra o profundo fosso na distribuição de renda neste país, contra o êrro e a injustiça, agora somente no exterior. O interior das catástrofes fica sem visita mesmo -; é ruim para a popularidade do populismo. Poque, apesar de todas as aplicações do 'famoso anti-aderente', coisas feias podem grudar na imagem dele e de sua candidata.

Surpreendentemente à vontade, gosta do "jet set" internacional dos estadistas e está sempre lá fora, literalmente, viajando... Então a mídia internacional deita e rola em cima do 'fenômeno do senso prático' emergente (vulgo, jeitinho brasileiro). Ajuda as sonolentas redações dos noticiosos a sair da mesmice das manchetes de crise econômica. Até parece que ele só perdeu espaço com a morte do "rei do pop" norte-americano.

Temos todos os motivos para acreditar que ele esteja bem ciente do ridículo que é enquanto presidente não conseguir equacionar e debelar a problemática basilar do seu próprio país e, ainda por cima, posar de palmatória do mundo e pretenso estadista. Ora - e bota oração e reza forte nisso -, pura tática escapista eleitoreira de quem deslumbrou-se com o poder e mandou a democracia 'às favas'.

Só a alienada massa anestesiada pelo clientelismo bolsista parece não perceber e contiua a fornecer respaldo ás suas pesquisas de popularidade -; é tudo de que a inépcia administrativa e governamental do oportunismo peemedebista, digo, carreirista, necessita. No mais, o que - pasmem - se vê é: Lua & Sarney Co. Quem diria... PT - Partido dos "Transformers". Surtou de "Teflon".

Em tempo, o ministro Meireles - com todo respeito, a 'ama-de-leite da estabilidade econômica brasileira' - percebendo o fiasco iminente já vai "saindo à francesa" para a governança de Goiás... Missão cumprida? Nem tanto, é o que nos parece.

sábado, 20 de junho de 2009

Esse negócio de blog é bom ou não?

Por George W B Cavalcanti


Muita gente ao menos inicia e logo encerra sua página pessoal com um - ou não - "post de despedida", por encontrar dificuldade não só na manutenção do blog como por causa da relação com os leitores do conteúdo que publica em seu espaço.

Já ví gente escrever assim sobre o assunto: "Blog é uma merda. Se você não escreve no blog, te mandam e-mails reclamando do abandono. Se está se sentindo mal e escreve no blog, te escrevem reclamando que você reclamou. Se você está feliz e escreve no blog, te acusam de só falar de si mesmo. Se você cansou de ficar reclamando e fica feliz publicamente porque causa muito furor e foi trabalhar, dizem que você está negligenciando seus importantíssimos leitores. Então você publica um trecho de seu novo livro no blog e ele vira um livro de blog. Se você escreveu uma crônica e publicou no blog, ela vira um texto de blog. Se você escreveu um conto ficcional, ele vira um fato cuspido e narrado em um blog. Depois ainda perguntam por que eu canso. Vou trabalhar porque a relação custo/benefício nesse negoz de blog tá boa não". (Clara Averbuck, escritora gaúcha, ao encerrar sua página/blog pessoal que tinha o título de Brasileira Preta, na internet).

Contudo, por nossas pesquisa e principalmente a partir da experiência pessoal, podemos encarar esse novo universo de realização intelectual interpessoal de uma maneira diferente -; aliás de várias outras maneiras. E, não só como um triste fatalismo, que aguarda tantos quantos fazem do blog uma ávida busca de aproximação com os leitores, sempre difícil de administrar. Sobretudo quando o tom da página é muito - ou demasiadamente - voltado para o relato pessoal.

Blogueiros há que se prendem prioritariamente às coisas que apenas o interessam, que ficam soltas no dia-a-dia dos mesmos: filhos, musica, leituras. E, quando colocadas no blog como forma de "dar baixa" em suas particulares impressões diárias, geralmente os levam à fissura quando não semtem votade de escrever. Como se houvesse a obrigação de atualizar seu diário informatizado -; e, dos internautas, de prestigiarem o comum trivial. Quando o mais importante é a dimensão de, ao publicar, se ter a sensação de não se estar perdendo ou ganhando nada por estar compartilhando e registrando cada momento , para depois, um dia, revendo, se lembrar e degustar emoções.

Então, sugerimos que o blog deva ser pensado sossegadamente por amobos o lados, por quem escreve e por quem vê/lê -; até porque, quase sempre na condição de ilustre desconhecido, se tem geralmente um retorno muito maior do que se o fizesse em um jornal impresso. Uma vez que, mais importante que que o retorno do leitor é oferecer o melhor conteúdo possível. E, não se torturar por causa deles - posts/conteúdo e leitor - quando, na verdade, os comentários dos leitores servem mais como desabafo e costumam, a depender do assunto, mobilizar lados opostos do tema em questão.

Percebemos que um blog para manter-se atrativo deve ter sempre informação nova criteriosamente escolhida e atenciosamente abordada e, lógico, se possível atualizado diariamente -; mesmo que coloque na ordem do dia velharias bem ou mal amadas. Porque todos que primam pela excelência do conteúdo tem sempre à disposição uma boa e variada "fauna" no sentido de que, mesmo começando como um singelo execício de escrita, vá colocando e transmitindo suas impressões sobre a vida -; até mesmo com um toque de humor sobre as situações mais sérias.

O importante é sentir e aproveitar todo potencial do blog pela liberdade incrível que oferece. Dessa forma as pessoas passam a comentar, a achar interessante, engraçado e a se divertir mesmo que a estória toda pareça um tanto estapafúdia aos olhos dos diletos visitantes. Principalmente se a página for alimentada com com fotos e vídeos atuais ou do "fundo do baú" que, revelam sua visão original da história e ajudam no conhecimento e aproximação entre pessoas interessantes.

Convém, portanto, não dar muita bola para as famosas crises de inspiração e tratar das coisas mesmo que em pequenos tópicos. Se tem uma idéia vá salvando, não importa se no papel do pão, numa caderneta de bolso ou num sofisticado notebook. Elas serão uma ótima saída e fonte de inspiração para manter o seu blog sempre atualizado -; mas, nesse âmbito convém respeitar opiniões. Até porque se para uns a pressão para manter um blog sempre atualizado representa o lado mais negativo de se ter uma página pessoal. Outros simplesmente o tem sem qualquer pretensão de regularidade -; postam quando querem, quando tem vontade e quando tem realmente algo a compartilhar.

Concluindo, arriscamos dizer que, o sentido de se manter um blog é mesmo para ocupar um espaço de liberdade, tendo na página pessoal a possibilidade de, ao seu modo, 'ampliar o mundo' -; alargar possibilidades investindo na leitura e na escrita. Podendo, ou não, criar espaços no blog ou fora dele para o debate aberto -; mas, certamente com outro desenho. E também que, quando assunto é blog, "vamos combinar", uma coisa é fanto: até mais do que os sites, os blogs viraram 'febre' na internet, sem contudo correrem o risco de se transformar em mais uma exótica pandemia.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

TI e transparência - ser ou não ser



Por George W B Cavalcanti


Diferentemente das outras criaturas nós humanos temos uma tremenda necessidade – às vezes compulsiva – por privacidade (E o Eterno D-us chamou o homem e lhe disse: “Onde estás?” – e ele respondeu: Ouvi Tua voz no jardim e tive medo, por estar nu, e me escondi. E disse: “Quem te disse que estás nu? Por acaso comeste da árvore da qual te ordenei não comer?” – Gênesis [Bereshit] 3: 9-11), por sigilo, por escondermos os resultados das nossas ações –; para tentarmos esconder a história que construímos.

Conseqüentemente estamos todos sabendo que – no que pese os avanços da Tecnologia de Informação (TI) e todos os recursos a ela agregados –, é pífio o que na prática se obtém dos sistemas de informação sobre o que fazem os governos quanto à macroeconomia e o emprego dos recursos fiscais. Tudo está muito está longe de apresentar com fidelidade e passo a passo o conjunto dos procedimentos e destinações dadas aos vultosos montantes arrecadados pelo extenso cardápio de impostos, mantido entre os mais caros do planeta. Neste termos e à luz de verdadeira TI, a nossa propalada transparência é uma falácia que se afirma enquanto utopia.

Estranhamente muita gente silencia sobre a base de dados, desde a arrecadação até a frustrada expectativa de seu idôneo emprego, reiteradas vezes prometido nos palanques eleitorais em nosso país. Mas, em geral o que dessa dinheirama toda arrecadada pelo governo se vislumbra é um frustrante embuste. Já a partir de desprestigiadas notas fiscais que - diferentemente do que ocorre nos países civilizados - por aquí não apresentam ao comprador o que ele está pagando em impostos - de forma destacada e clara - em percentuais e números absolutos. Assim, historicamente cultiva-se uma estranha sensação de coexistência pacífica com insondáveis subterrâneos trubutários, inteiramente avessos à claridade da transparência.

Evidentemente o que é mais escamoteado no âmbito do erário é a destinação, distribuição e emprego do dinheiro público que, com esse roteiro, continua a ser levianamente alvo de mordidas leoninas –; ao tempo em que, por meio de uma das mais pesadas cargas fiscais do mundo, nos é ceifada a maior parte da renda da população contribuinte. E, que apesar dos alardeados “portais de transparência” o que se observa é o continuísmo do sumiço de astronômicas somas, a escoarem fragorosamente pelo ralo da burocracia corrupta e escandalosa –; escabrosa e cotidiana ‘matéria-prima’ para nutrir a indústria do noticiário.

Realmente o que importa para uma efetiva aplicação da Tecnologia de Informação (TI), além do trato com os seus fatores básicos que são: a base de dados, o processamento e a comunicação é: a integração sincera, honesta e eficaz das fontes desses dados. Ou seja, que cada um dos Poderes da República – leia-se, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, nesta ordem – abra um para os outros os dados pertinentes referentes ao uso das verbas que lhes são destinadas.

Efetivamente o que importa é que haja entre os diversos setores do serviço público, a aplicação dos supramencionados aspectos essenciais de TI, de maneira constante e atualizada. De forma que aflore diante dos olhos do contribuinte fartos e precisos elementos necessário à avaliação. E que, o sejam completos o suficiente para o exercício do seu direito – e também dever – de fiscalização do que lhe garante a cidadania. Envolva lá isto o que envolver e mesmo contrariando a interesses menores –; de partidos políticos, de sindicatos, de corporações, de ‘lobbies’ setoriais, de confrarias e de grupos familiares.

Finalmente o que é constatado acontecer em prédio de órgão estatal é titular de setores próximos e que trabalham em salas contíguas, a sonegar dados e informações de interesse público ao colega que trabalha do outro lado da divisória. Como diria um ex-presidente da República-sociólogo: “Assim não pode, assim não dá” –; só que no tempo do governo dele não só podia como dava, e como. Ao que respondemos que o que urge é uma ampla e geral mudança de paradigma, que qualifique adequadamente a base de dados aqui focalizada – passando-a do eu para nós. Sem o que a vida do nosso cidadão continuará a ser um humilhante simulacro. Sem o benefício da maturidade ética da responsabilidade cívica e longe, muito longe, de portas e de portais que lhes ofereçam transparência naquilo que é seu, de fato e de direito.





Ente sm. 1. O que existe; coisa, objeto, ser. 2. Pessoa. 3. O que supomos existir (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – dicionário)

domingo, 7 de junho de 2009

Exílio à Sururú de Capote - a ignorância é atrevida



Por George W. B. Cavalcanti


Se você também tiver apropriada sensibilidade com capacidade de leitura cultural e sociológica e, como eu, aqui passar o seu tempo tentando vivenciar a escala de valores que fundamentam os parâmetros a seguir. O atual truculento ambiente de assédio moral por discriminação passiva não o perdoará por cultivar as boas virtudes e a civilidade. E, inapelavelmente o punirá com o esquecimento e um insidioso velado exílio contextual, se você:

 (A Ignorância é Atrevida)

Por George W de B Cavalcanti*

Se você:
For honesto congênito convicto,
Contrário a interesses escusos,
Expor concepção progressista;
Não corrupto ativo e passivo,
For pobre, rico de dignidade.

Gostar de moradia simples,
Não aceitar o coronelismo,
Falar contra o nepotismo;
Resistir desempregado,
Continuar coerente.

Se dedicar a agir corretamente,
Alinhar, senso, palavra e ação,
Ter por prática a organização;
Sempre inspirar confiança,
Propor com toda clareza.

Cultivar a magnanimidade,
Amar e praticar a ética,
Ser adepto da reflexão;
Apreender a realidade,
Defender a natureza.

Contribuir para a boa estética,
Vivenciar a visão democrática,
Evitar fraternidade hermética;
Construir-se um ser solidário,
Afirmar a fé não-sincrética.

Interpretar o que ouvir ou ler,
Ser autêntico contra o crime,
Não comprar a consciência;
Questionar o desmando,
Levar a sério o Eterno.

Manter-se sempre discreto,
Ser um cidadão correto,
Fugir do modismo vão;
Não difamar a mulher,
Promover o intelecto.

Divulgar a solidariedade,
Respeitar o semelhante,
Valorizar a privacidade;
Revelar uma fraqueza,
Falar de necessidade.

Comentar sob emoção,
Valorizar a educação,
Se permitir comoção;
Ser amigo do saber,
Evitar ser ofensivo.

Esse contexto tem sempre como pano de fundo um viés de forte conservadorismo e reacionarismo em suas populações. Especialmente por parte de suas lideranças geralmente engemônicas -; inseguras que são pelo pouco esclarecimento e inépcia para o desenvolvimento e progresso coletivo. Pelo que entendemos oportuno as definir mediante o seguinte axioma: "A ignorância é atrevida porque não sabe o que sabe, não sabe o que não sabe, não sabe o que precisa saber, acha que sabe o que os outros sabem e não quer saber de quem realmente sabe".

Aliás, vale salientar que, tal conjuntura é típica de localidades que a socioligia mundial convencionou denominar de "os grotões", pela localização geográfica e classificação socio-econônica -; sempre com os mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH), como é o caso. Pelo que, nessa esdrúxula eventualidade, outra opção quase sempre não resta ao cidadão consciente em defesa da dignidade e cidadania senão, buscar por asilo político e socioeconômico -; o que 'poeticamente' tentamos aquí alcançar.

Atentai bem, porque inexoravelmente uma espécie de ‘desterro inamovível’ lhe será impingido se você se omitir em relção a política retrógada e espúria vigente. Se recusar-se a ser e/ou permanecer padronizado em aspecto, conteúdo, rótulo e marca, como os resignados cooptados cidadãos locais -; como um mero vasilhame de refrigerante.



terça-feira, 2 de junho de 2009

Reflexões de Um Corpo Caloso



Por George W B Cavalcanti


S
imilar interativo com nossa casa comum,
Generosa mãe azul, esse ser que nos acolhe,
E, que nos inclui hemisféricos desde a gênese,
Como frenéticos gametas no bom afã bioquímico;
Porque cúmplices limiares reprodutivos justapostos,
Numa calosidade recôndita no mistério do criacionismo,
Somos semente e fruto, seus inquiridores e testemunhas,
A despeito dos que tem tratado desrespeitosamente a vida.

Rogo, ao menos mentalmente pararmos por instante a cena,
Alucinada pelo ritmo vertiginoso sempre mais e mais acelerado,
Que assim resulta impedir descobrir o que nos une a nós mesmos;
Num mergulho interior importa canalizar o meio pelo qual pensamos,
A massa sobre si dobrada ao racionalizar todo seu espaço disponível,
Na caixa craniana sua blindagem óssea contra as agressões possíveis.

Objeto do tempo sujeito a evento e contratempos do imponderável,
Guarda nessa consistente interconexão nosso pleno dimensionamento,
Tanto que permite seja esta uma evidência sutil da importância do calo;
Existencial ponto explícito ou o implícito elo das complementares metades,
Do cérebro, dos sonhos, do pleno viver dos néscios, dos fúteis e dos sábios,
Certamente que, mais significativo enquanto efeito de rude abrasão no viver.

Ressaltado é pela reação de tantos que pela verdade se sentem incomodados,
Nos calcanhares, nas mãos, nas cordas vocais, vocação do profeta é um calo,
Um ser cuja atemporal mensagem avessa a presunção é qual pedra no sapato,
Até porque o consistente intelecto enfeixa no corpo luz que flui do intimorato;
Consistente e insistente avalia o pertinente que aqui se não revelo desbravo,
O ser e o não ser, as maneiras de viver as chances do porvir mais sensato,
Que admoesta o ego que reduz ética e razão à mera condição de trapos.

Na cobrança do escrito ou do pregado pela voz com o martelo da fala,
Por ter firme suporte no aporte e somatório das plenas capacidades,
Assim é calejado pelos golpes dos cínicos e do desamor refratário,
Pela estupidez negligente da falácia na farsa do frívolo e fútil;
Pela areia contra a pele e pelo assédio dos falsos discursos,
Os quais tola e fatalmente desconstroem a sí no decurso,
Porque invariavelmente destrói a acalentada esperança,
Ao negar ternura e ao afugentar o futuro da criança.

Mas o que derrama poesia do olhar em cada gesto,
Sua condição a um só tempo inocente e forte,
É o que assim inspira escrever o verso,
Imaginativo modo de fazer pensar,
E de perenizar o seu dizer;
Até mesmo incomodar,
Por também ser,
Corpo caloso.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Educação, desenvolvimento e qualidade de vida



Por George W B Cavalcanti


Acreditamos que a educação humaniza, apesar dos muitos equívocos e contradições em que, neste sentido, insiste em incorrer o homem – desde o mais omisso ao de mais completa formação acadêmica – seu principal agente e maior beneficiário –; como um genérico exemplo das etapas do processo educativo como um todo. Ainda assim, persistimos na firme convicção de ser ela, tanto em nível individual quanto coletivo, o caminho mais seguro e profícuo para que o concerto das nações supere os seus desafios. Uma problemática crescente em complexidade e urgências na construção da história.

A superação a qual nos referimos se dá pelo suporte, pelo incentivo e subsídios intelectuais propiciados pelo dinamismo da educação, em sua busca pelo novo e suas resultantes descobertas. Por suas etapas que descortinam e desvelam os incontáveis segredos do universo e das dimensões em que coexistem seus micro e macro cosmos. Na proporção em que, os saberes pré-existentes e acumulados – quando sistematizados e transmitidos cientifica, metódica e didaticamente – aditam densidade e consistência aos resultados da busca pela aquisição de novos conhecimentos.

Ainda que geradora de conflito, a educação é a via que melhor conduz à preparação para a vida e ao desenvolvimento humano. Portanto, os baixos índices neste sentido, quando apresentados evidenciam a inépcia dos responsáveis pela elaboração e execução de suas diretrizes, programas e projetos. O que retarda ou impede que um povo ou nação se aperceba como tal e acredite em si mesma. Ao contrário, o avanço se dá pela difusão da percepção do homem e da mulher como sujeitos de suas histórias, capazes de construir sempre novas relações.

Necessário se faz para tanto que todos entendam a educação como a mais eficiente e eficaz medida libertadora e, caminho de transformação para a construção de uma nova e melhor sociedade. E, que esta preciosidade não seja contaminada ou dominada por concepções mesquinhas de uma realidade discriminadora e excludente. Mas que, antes e sempre sem preconceitos de quaisquer naturezas, promova a inclusão social, o resgate da auto-estima e o desabrochar de vocações e talentos –; mercê da socialização que valoriza todo potencial humano. O que resulta em construir cidadãos e cidadãs capazes de desenvolver a boa crítica de si próprios e seus contextos. De maneira a não transigir do livre arbítrio e do respeito aos princípios democráticos.

Vale lembrar a especial atenção e priorização a ser dedicada para com a educação básica no campo, nos interiores e nas periferias dos grandes centros urbanos. Sem o que não se recupera nem se promove condições de competição justa por uma posição socioeconômica condigna à sua cidadania. Tão básica quanto essencial à preservação da cultura, do trabalho e da dignidade dessas populações, igualmente importantes para a validação do caráter civilizatório das políticas de governo. Uma vez que promotoras do desenvolvimento sustentado de quaisquer países que neste acertado sentido se coloquem.

Portanto, especialmente edificante e gerador de importantes perspectivas é acreditar que, teremos sempre que aprender e ensinar num processo dialético que, enquanto a verdadeira educação integral de cada ser humano, o acompanhe em toda a sua existência.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

A crise, a gripe e a cereja

Venda de máscaras de Proteção para Respiração em rua de Lima - Peru


Por George W. B. Cavalcanti


Teorias conspiratórias à parte, não é de hoje o que as mentes mais atentas quando aguçadas sobre a realidade percebem. Insuspeitas e aterradoras evidências mascaradas por fatos e eventos globalmente marcantes que, são rotuladas como espontâneos e cândidamente apresentadas como casualidades e/ou fatalidades. Contudo, as mesmas não resistem a uma análise mais detida e acurada sem que revele, quase sempre, nítidas orquestrações tão mesquinhas e inconfessáveis quanto insuspeitas e supreendentes. Percepção esta que, evidentemente, fica para alguns que priorizam pensar o que se escamoteia na grande comunicação -; textos e contextos inclusos.

Como o atual, em que se faz divulgar em escala global, contínua e insistentemente, números de uma projetada letalidade (1.3%) para uma suposta epidemia gripal. Enquanto que, com notória desfaçatez e na mesma escala, sistematicamente deixam de revelar os números da comprovada mortalidade (0.3% ou, 500.000 pessoas por ano) da gripe comum – sem computar os óbtos por complicações decorrentes – desde o início do respectivo período -; e,isto, sem tangenciar os dramáticos números de mortes por falta ou mal atendimento às populaçõe carentes em todo o mundo.

A uma minoria de vida inteligente, quase sempre anônima e diluída na multidão, cabe a vocação e o sagrado ofício de identificar nas versões oficias a verdade oficiosa bem real e nada fantasiosa. A velada e rotineira manipulação massiva para geração de fato político e, mudança de foco, encetados – desde que existe boato e notícia – por argutos indivíduos e seus associados nessas estratégicas empreitadas. Mas, não apenas suspeitar como, na medida do possível buscar repercussão para a residual consciência do homem do povo –; tão decisivo nos transes das civilizações.

Inevitável é perceber que, uma presunçosa pretensa elite que se imagina ser tutora da humanidade é – à exceção de uns raros prepostos de origem humilde – composta exclusivamente pelos chamados “bem nascidos” e está, cada vez menos, empenhada em que sua superficial diplomacia encubra a truculência do antigo propósito de manter o rico sem riscos, arriscando a vida do pobre. Para tal, fortalecem suas posições de excessivamente abastados por meio de confrarias tão discretas quanto poderosas e politicamente influentes, para não dizer, arbitrariamente decisórias.

Historicamente o efeito social de suas decisões costuma provocar o que arriscaríamos chamar de “massemotos” ou maremotos de “massa”. Com vultosas e intensas mobilizações de recursos financeiros, de pessoal, de logística e até mesmo de mobilidade social. Esses eventos se pronunciam quando os referidos seletos sócios entendem estar em risco o seu rico dinheiro por causa de alguma renitente querela. E, então, decidem ficar ainda mais ricos e poderosos, mediante a disseminação de boatos, noticiário forjado e especulação a fartar –; o que, eventualmente, tem o efeito de um artefato nuclear.

A essa altura, pela lógica seqüencial na assimilação do raciocino, advém um inevitável questionamento no sentido de que, nós o coletivo, a ‘rés pública’ e a ‘demo kratia’, com é que ficamos? Ora, visualizemos o atual cenário e as contraditórias atitudes da OMS. Agucemos o raciocínio, abramos a mente, tenhamos ‘insight’ até vermos claramente. E percebamos que os iniciados Vips estão todos nada preocupados com as opiniões contrárias –; jornalistas inclusos. Até porque as eminências de bastidores costumam colocar em descaso até a biosfera com seus biomas e ecossistemas, como se a ela eles não pertencessem –; alienígenas inclusos, evidentemente.

Assim, ao seu critério, concebem a maioria desafortunada, espoliada e alienada como se não fora gente e sim gado; rebanhos a ser tangidas e direcionadas para o seu particular curral ou para algum dos matadouros sociais existentes em gênero, número e grau. Vide serviço público de saúde, segurança pública, sistema público de ensino, desemprego, favelização, tráfico, coronelismo, latifúndio sem finalidade social, trabalho escravo, prostituição infantil, pedofilia, nepotismo, desmatamento ilegal, prevaricação e por aí vai, a oferta é farta. E, no mais, que os despossuídos acorram às muitas 'igrejas de resultados' em busca de proteção, bênçãos, curas, emprego, dinheiro, casa, carro, casamento, reconciliação ou, para sair do “fundo do poço”. Ah! Não esqueçamos as loterias. E como tem!

Então nós percebemos que, há bem pouco tempo só se falava em crise e o pânico popular já beirava a histeria e ao espectro da recessão. Mas, agora, como num passe de mágica, só se fala em gripe e em máscaras. E, todo povo ficou mascarado –; assaltantes inclusos, como em outros carnavais... Se bem que, com um transitório infortúnio para suinocultores, estão garantidas grandes fortunas via dividendos pagos pela 3M e congêneres, com a venda de milhões de – quase sempre inócuas, no caso – máscaras de proteção para a respiração. E, principalmente, pela Roche do antiviral Tamiflu –; este criado nos anos 90 pela Gilead que era presidida pelo ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld e a Gilead fechou acordo de produção com a suissa Roche.

Mas, espere! Neste bolo tem uma cereja... Ela foi colocada pela declaração dada por telefone ao RJTV, pouco antes de ter alta, o 1º caso registrado de gripe “A” no Rio de Janeiro e mantido – com grande divulgação pela mídia – em isolamento por 9 dias no Hospital do Fundão daquela capital como se lê a seguir: “Esta não foi a gripe mais forte que tive. Me assustei com a má fama que deram mas a febre que tive foi no máximo de 38°C. E, não tive mal estar nem dor de cabeça”.

Enfim, o impacto do episódio da crise econômica global é superado por uma habilidosa e eventualmente arriscada mas, muito rentável, falácia. A tal gripe "A" que, particularmente - para agradar a gregos e a mexicanos - denominei de gripe 'Assuína', ao que nos parece, se configura como uma providencial cortina de 'fumaça ninja' para a fuga da crise. Uma espécie de jogo de cena que só o fator tempo é capaz de desmascarar. Mas que, pelo ativismo, clientela e quadro clínico ora apresentados, não demora enquanto um global engodo e, logo será mito ou lenda -; ou, mais um episódio de história por trás da história.



sábado, 2 de maio de 2009

Quando a indulgência é descabida

Por George W. B. Cavalcanti


E
ntendemos que o nosso atual supremo mandatário e sua trupe de associados neo-bolcheviques - compulsivos do poder pelo poder - parecem praticar uma espécie de jogo de relações internacionais de um pragmatismo cínico. Que, beira as raias da chantagem diplomática e faz do povo brasileiro sua indefesa vítima e joguete de um grupo de evidentes totalitários inimigos da civilização democrática.

Particularmente não sabemos o que o Sr. Mahmoud Ahmadinejad, o virulento atual presidente do Irã, vem fazer por aquí. Uma vez que o seu país é a antítese de todos os avanços políticos e institucionais; tais como os que, a duras penas, foram conquistados por nosso povo nos últimos vinte anos. Não concebemos o que tamanho obscurantismo tenha de relevante ou significativo para oferecer ao nosso sofrido povo.

O que sabemos e o mundo inteiro civilizado também sabe é que, o referido títere iraniano e seu governo é um perigo não só para judeus, mas para bahais, homosexuais, a liberdade de imprensa, enfim... Para toda a humanidade, incluindo mulçumanos que discordam de sua visão de mundo.

Pensamos que,os governantes de um país democrático como o Brasil deveriam se posicionar coerentemente e criticar abertamente tais odiosos e perversos regimes políticos. Ao invés de ousar pretender receber - ridiculamente - com pompas e circunstâncias, um defensor do totalitarismo. Tanto quanto, da homofobia, da discriminação de mulheres e religiosa (bahais, evangélicos, judeus e outras minorias torturadas, massacradas e mortas no Irã) e, da destruição de Israel. Esta sim, inequivocamente a única nação democrática em todo o Oriente Médio.

Nos somamos, pois, aos milhares de vozes da cidadania lúcida esclarecida e coerente do nosso país, em defesa da soberania e da imagem respeitável do nosso querido Brasil -; repositório que é das liberdades democráticas, dos direitos das minorias e da diversidade de fé e culto religioso.

Não sabemos o que pensa estar fazendo o presidente Lula. O qual, foi indulgentemente chamado de "o cara" pelo gentil e educado Sr. Barack Hussein Obama, atual presidente dos Estados Unidos da America que, por sinal, é a nação mais odiada pelo Sr. Ahmadinejad.

Imaginamos que, a esta altura, o já notável Sr. Obama percebeu estar "pagando a língua" por um seu desmedido elogio feito ao seu colega brasileiro. Mas, também deve estar com importantes preocupações motivadas pelos mimetismos politico-populistas do seu elogiado mas, pouco letrado e também falastrão visinho sul-americano.

Concluimos propondo que, a resposábilidade que nos cabe nesta hora preocupante é fazer saber aos nossos políticos e governantes que, se escutarem o nosso povo - a chamada "voz rouca das ruas" como bem o definiu o eminente democrata Ulisses Guimarães -, certamente dele ouvirão um indignado e rotundo NÃO -; contra a vinda do presidente do Irã ao nosso país.

Em tempo: 'O Dia Seguinte'...




Fonte da foto: sítio (site) deOlhonaMidia.org.br Com uso de imagem cedida pelo GRUPO ARTISION.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Raposa e Dragão na Serra do Sol

Por George W B Cavalcanti


O notável Mário de Andrade conseguiu, como poucos intelectuais e escritores desse país, sintetizar em sua obra a cultura nacional –; costumes e tradições. E, o fez emblematicamente no início do século passado com o seu personagem Macunaíma – “um herói sem nenhum caráter” na definição dada pelo autor -, do seu romance Modernista homônimo.

Acontece que, se lançarmos, sem paixões, o nosso olhar sobre a cena nacional, reconheceremos que, nesse “berço da liberdade e pátria da esperança” existe – programa 'Minha Casa, Minha Vida', incluso – uma intrigante continuidade. A saga de sobrevivência do meio social truculento e antropofágico exibe, como o fez com o emblemático personagem, um pragmatismo cínico e contraditório.

Embora sejamos desde sempre colonizados cultural e economicamente, as nossas autoridades e os nossos políticos em busca de visibilidade e votos, almoçam arroz com ovo e arrotam feijoada. E, exemplos disto não nos faltam, basta se falar em internacionalização da Amazônia. Ora, a semente dela foi oficialmente lançada com a criação de um país novo – demarcação contínua de terras, inclusa – com o nome provisório de Reserva Raposa Serra do Sol. Mas, reserva para quem? Sem plebiscito nacional é, no mínimo, uma piada de mau gosto.

É de praxe por aqui haver sentido de unidade durante um jogo de futebol da nossa “seleção canarinho” e depois das celebrações – ou ressacas – “não se estar nem aí... É cada um por si e o deus de cada um por todos. Mas, em termos de desamor a solo pátrio outros diferem de nós em muito. E, querem, por conveniência própria, negociar território de Eretz Israel e doar a uma gente que nunca foi reino e cujos ancestrais, há séculos, encontraram guarida no grande Reino de Judá.

Entendo que, nesse mundo em crise e contexto de final de tempos, nós israelitas da nova aliança não podemos nos deixar contaminar pelo pecado da indiferença que permeia a gentios e pagãos. E, que, em cada uma das nossas celebrações – até porque ressaca não faz parte dos nossos costumes- devamos estar atentos ao nosso entorno. No sentido de sermos sempre unidos e solícitos uns para com todos e cada um dos irmãos – chaverim e chaverot.

Concluindo, penso que nós membros da CINA, mesmo quando distantes geograficamente uns dos outros, nunca devem vir a nos sentir “um membro isolado”, e sim alvos de acolhida e do calor do santo afeto que há no amor do D-us ao qual servimos.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Pé de Café Florido

Por George W B Cavalcanti (Guerson Ben Levi, nome hebraico)

A música ecoava nos meus cromossomos,
Deleite indizível e um convite a metáforas,
Qual floco de algodão-doce em meu ouvido,
Que a degusta porque gostaria de tê-la feito;
Pura delícia em cujas fibras reclino meu corpo.
Sua trama artesanal, fiada, trançada e colorida,
Mis e dós presos por nós nos cordéis do tempo,
Atados nos punhos da rede armada no alpendre;
Tanta flor acima do chão a sustentar um balanço.

Promessas que no topo do caule são pura maciez,
Confirmada em suas fibras que revelam seu alvor,
E, todas para que na brisa recostado eu refletisse;
Vida tanta que sob o céu e ao sol ali se mostrava.
Bela e generosa em tons verdes vivos e brilhantes,
Nas folhagens e no veludo madrepérola das plumas,
Parceria que renova a bênção e retarda seu ocaso;
Contemplei a graça esvoaçante sobre o café florido.

Quando veio a ave que paira e suga néctar ofertado,
Pelo grão carmim que depois dá sabor a cada manhã,
Seja puro ou aditado quiçá se torne mais enriquecido;
Bom aroma e um gosto que torna o coração aquecido.
Ali haviam maravilhas reunidas como não as vira assim,
Espaço pleno de parceiros em festa à frente do terraço,
Enquanto na rede ao som hebreu assistia ao espetáculo,
Do cafeeiro, do colibri e do vento qual um trio sertanejo;
Pensei: Eterno isso tudo é Teu e não mera obra do acaso.

segunda-feira, 23 de março de 2009

De quem é a bola? - Consciência e compromisso



Org. George W de B Cavalcanti*



Um povo, nação, país ou cultura só possui confiabilidade e sustentabilidade quando tem por lastro reservas morais e éticas. -  George W. de B. Cavalcanti

O texto a seguir, de autoria desconhecida, é bastante ilustrativo e indutor de saudável reflexão.

Adão e Eva:
No princípio do mundo, Adão e Eva cometeram a primeira falta para com D-us. E, em seguida, os homens passaram a atribuir os males do mundo - as doenças, as crises, os sofrimentos - somente à falta cometida no passado por Adão e Eva.

"A bola", o problema, era sempre atribuído apenas ao pecado de Adão e Eva.
Acontece que as crises foram aumentando, o mundo mudando, o homem se conscientizando e concluindo que 'a bola' não era de Adão e Eva e, jogou 'a bola' para o governo...

O Governo:
O governo passou a ser responsabilizado por todos os problemas, por todos os males que envolvem a humanidade.
O povo passaria fome 'por causa do governo',
A educação não iria bem 'por causa do governo',
Tudo culpa 'do governo', tudo culpa de reis, de imperadores, de ditadores ou, 'do presidente'.
Jogaram 'a bola' em suas mãos, responsabiliazando-os pelos pequenos e grandes problemas.
Acontece que o povo percebeu que 'a bola' não era do governo, mas do sistema.
E, passaram 'a bola' para o sistema...

O Sistema:
Quem é esse tal "Sistema"? O que ele faz? Onde fica? Todas as famílias passaram a acusar o 'sistema' como responsável pelos problemas. Responsabilizaram então, os pais e os educadores integrantes do 'sistema' pelo elevado número de marginais adolescentes que surge nos grandes centros populacionais. Culpando o tal 'sistema' por não tê-los educado e por eles não possuirem senso de família.
O povo continuou a questionar: "De quém é a bola"? E, achou que 'a bola' deveria ser passada mesmo para o pai e a mãe -; mas, afinal, todo mundo tem pai e mãe...

O Pai e a Mãe:
O pai e a mãe entraram em polêmica.
O pai jogou 'a bola' para a mãe, acusando-a como responsável pela educação do filhos no lar.
Se os filhos iriam mal, ele diria: "Você não para em casa, você não os acompanha; não cuida da saúde deles, só pensa em emancipação, quer ter até mais direitos que o homem e, até trabalha fora em dois horários.
Essa família ficou mal.
E, a mãe por sua vez, se sentindo injustiçada, jogou 'a bola' para o pai, acusando-o por não estar presente no lar nos momentos cruciais da educação, dizendo-lhe: "Você é quem só tem tempo para o futebol e para a cervejinha no barzinho.
Essa família ficou muito mal.
Aconteceu que os dois, em crise, resolveram se unir e justificar seu erro de responsabilidade, jogando 'a bola' para a escola...

A Escola:
A escola recebeu os reflexos dos problemas familiares e sociais tradizidos em alunos mal alimentados, carentes afetivamente, com aprendizagem lenta, com dificuldades pessoais e socialmente desajustados.
Mas a escola resolveu se isentar dessa desmesurada responsabilidade em educar e disse que o problema, 'a bola', deveria retornar ao pai e a mãe, ao sistema, ao governo; e, que ela, a escola, só deveria fazer aquilo que lhe compete, ou seja, transmitir os conteúdos da grade curricular.

Acontece que 'a bola' continuou solta. O mundo em decadência ética e moral, as crises aumentando de intensidade, a humanidade se violentando, as crianças cada dia mais desrespeitadas; todos se desesperando. E, a Terra que foi criada para ser um paraíso, passou a ser um mega campo de concentração na guerra do desamor.
'A bola' continuou sendo jogada "para lá e para cá". O "corpo fora", se omitindo, se tornando alheio ao amor e à responsabilidade...

Portanto, outra alternativa não há senão que seja deixada com VOCÊ, agora, "A BOLA".




domingo, 15 de março de 2009

A consultoria e o mais consultado - Mateus 9: 37 e 38

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EDITORIAL
Comunicamos que a partir desta postagem passamos a publicar, também, conteúdo cultural Israelita direcionado a edificação espiritual e intelectual.
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O que transcrevemos a seguir de autor desconhecido é ficção – mas, factível – e fora remetido por uma consultoria de recursos humanos a um Rabi muito famoso que todos devem conhecer.

CONSULTORIA GERENCIAL JORDÃO
Departamento de Recursos Humanos
CEP 26.544 – Jerusalém

Jerusalém, 15 de abril do ano 29.
Para Yeshua Ben Yosef (Jesus Filho de José)
Oficina de Carpintaria
CEP 12.922 – Nazaré

Prezado Rabi,

Obrigado por ter enviado o currículo vitae de seus doze homens que escolheu para ocupar posições de gerenciamento em sua nova organização –; todos já foram submetidos aos nossos testes. Não só registrados os resultados em nossos computadores, como também marcamos para cada um deles entrevistas pessoais com o nosso psicólogo e com o encarregado de testes vocacionais.

Anexos acham-se perfis de todos os testes e, com certeza, o senhor vai querer examinar cuidadosamente cada um deles. E, como parte dos nossos serviços e para sua orientação tecemos alguns comentários gerais. Da mesma forma um auditor fez declarações generalizadas resultantes de uma consulta ao nosso pessoal.

Na opinião da nossa equipe, falta à maioria dos seus escolhidos experiência , escolaridade, aptidão vocacional para o tipo de empreendimento que o senhor propõe. Bem como lhes falta a noção de equipe desejável. Recomendamos que continue a procurar pessoas com experiência em gerenciamento e que apresentem capacidade comprovada.

Simão Pedro, por exemplo, é emocionalmente instável, sujeito a explosões intempestivas. André não tem absolutamente nenhuma qualidade de liderança. Os dois irmãos Tiago e João filhos de Zebedeu, colocam o interesse pessoal acima da lealdade à empresa. João é uma pessoa muito humilde e dificilmente conseguirá demonstrar autoridade sobre outras pessoas.

Lamentamos informar que Mateus faz parte da lista negra do Departamento de Negócios de Jerusalém. Tiago filho de Alfeu e, Tadeu, tem claras inclinações radicais e ambos uma marca elevada na escala maníaco-depressiva. Tomé demonstra uma atitude de dúvida que poderia abalar o estado de espírito do grupo.

Um dos candidatos, porém, demonstra um grande potencial. É um homem capacitado e cheio de recursos. Tem facilidade de comunicação, a mente aguçada para negócios e contato com pessoas da alta posição. É altamente motivado, ambicioso e responsável. Recomendamos Judas Escariotes como seu tesoureiro e braço direito. Os demais perfis são auto-explicativos.

Desejamos-lhe sucesso em seu novo empreendimento.

Atenciosamente,

CONSULTORIA GERENCIAL JORDÃO
Departamento de Recursos Humanos de Jerusalém


(Fonte: programa radiofônico nº 91 da Congregação Israelita da Nova Aliança - CINA)

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