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domingo, 20 de setembro de 2009

O funk como o degustam



Por George W B Cavalcanti


M
uitas verdades deixam de ser ditas e ensinadas nas escolas pelo condicionamento sócio-educativo dos sistemas político-econômicos nos quais estão inseridas. Uma vez que tais verdades adequadamente assimiladas na formação da personalidade, do caráter do cidadão em formação – e, conseqüentemente, de toda uma escala de valores sociais -, iriam afastar ou reduzir em muito a modismos e consumismos –; contrariando, então, a muitos interesses econômicos confessáveis e, ourtos, inconfessáveis.

Para começar é imprescindível para que uma criatura se compreenda enquanto racional e humano que lhe seja explicado – “tintim por tintim” – que cada um de nós é organicamente um saco de hormônios – e de outras coisas, obviamente – ambulante. E, que principalmente eles, os hormônios, tem um importante papel – senão proporcionalmente predominante – na cronologia do organismo no ciclo reprodutivo da espécie e, portanto, como condicionadores comportamentais.

Estão na raiz das necessidades pessoais e suas buscas. Dos erros e acertos no comum afã por aceitação em grupos e inserção em contextos. Ou, pelo menos como forte indutor de uma série extensa de atitudes individuais e coletivas involuntárias e voluntárias. De "caras e bocas" e de expressões corporais afins. Correlação orgânica e emocional que abre portas para oportunistas, ávidos por fortuna com a manupulação do inconsciente coletivo, expresso nos sucessivos modismos.

Hipocrisias à parte, todos reconhecemos que - em maior ou menor grau – cumprimos natural e sadio papel exibicionista e/ou voyeur, ao menos enquanto fator inerente a garantia de nossa descendência. Conceituações artísticas e reflexões filosóficas e religiosas podem (e devem) ser feitas à vontade. Mas, que o movimento cultural do ‘funk brasileiro’ está inserido nesta dinâmica; ah! Isso tá! E, na minha modesta opinião, como seria inteligente e salutar que este enfoque fosse abordado pedagogicamente.

Inegável é – especialmente em decorrência do caldeamento genético – a abundante beleza física da nossa gente. Notadamente no típico dote corporal herdado das nossas ancestrais africanas e do oriente médio e, expressivamente presente na média da estética que caracteriza biotipo da mulher brasileira. Assim como, as fusões e confusões das nossas matrizes culturais fazem de nós um povo que valoriza, em boa parte, certas evidências estéticas e apelos sensuais por aquí abundantes.

Tanto que, a música funk adquiriu – melhor dizer, ganhou – em nosso país características de movimento cultural com dinâmicas próprias. Entre elas a de aposentar de vez os ‘cofrinhos’ – que nos desculpem as "gringas" – como opção de ‘poupança’ e instituir as nossas "casas da moeda" como o amplo e melhor investimento... E, já tem até seu lema: “Um bumbum não se perde, um bumbum se cultiva” (ou seria: se conquista?). Sei lá... Enfim, onde atualmente abunda a cultura popular superabunda o funk. "Rare baba", funk!



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