Por George W B Cavalcanti*
Então escrevo poesia,
Em um mundo que fica triste;
Porque tristeza é sempre arredia.
Assim, escrevo poesia,
Movido ao pulsar primitivo;
Que conduz esse rumo de vida.
Sigo a escrever poesia,
Porque ela exercita a alma;
E arrefece o que me angustia.
Meu viver cercado e marcado,
Pelo vil metal no voraz mercado;
Ao resistir a ser mera mercadoria.
Pouco ter é o fugaz existir,
Sem o qual nem o descreveria;
Nesse pleno exercitar do meu ser.
Aproveito e escrevo a revelia,
Enquanto sinto que se negue ver;
Que mais um pouco e não existiria.
Impulsiva é a letra, início,
No reinventar um sonho de ser;
Degustar intenso prazer do verso.
Enfim, escrevo poesia,
A fiel cúmplice compassiva;
Da letra como lágrima vertida.
Que nesses rumos tantos,
Ao tanto me insinuar alegria;
Escrevo como se fora um alento.
Letras tantas e incontidas,
Contudo, sem lograr o exaurir;
Meu pensar com sabor de melodia.
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