Por George W de B Cavalcanti*
(texto atualizado às 08:41 de 27.08.2012)
Esta é certamente uma postagem de indignação cívica que, solidariamente, busca soma-se à opinião pública - e não somente à opinião, mas, a um verdadeiro e justo clamor nacional massivo. Face a atual generalizada preocupação da grande maioria dos cidadãos brasileiros com a segurança e a vida. Prioridade esta que, absurdamente, parece não encontrar ressonância nos corações e mentes dos que, por esses dias, fazem parte dos vários escalões de governo deste país.
Porque está a cada dia mais evidente que, em matéria de segurança pública dos brasileiros de nada tem servido aos nossos governantes "a voz rouca das ruas". Voz essa incansável - com não poderia ser de outra forma - na defesa dos legais e legítimos direitos à preservação do patrimônio público e privado. E, muito especial e principalmente do principal que, é aplicação constitucional em prol da integridade física pessoal e familiar; ou seja: ao direito sagrado de defesa da vida humana - nos âmbitos individual e coletivo.
O que nos parece - e creio estar aqui traduzindo a opinião da massiva maioria dos compatriotas - é que, em relação à sanguinária escalada de todo tipo de delito e crime por meio do uso de armas branca e de fogo; muito principalmente com a utilização desta últimas, há um profundo descompasso entre a problemática e a providência.
Parece que os nossos políticos, principalmente quando no governo, recebem de imediato a benesse de uma espécie de "campo de força" de incolumidade à sanha perversa disseminada que está furiosamente a banhar de sangue o nosso povo ordeiro, trabalhador e pagador de elevadíssimo volume de impostos.
Senão, por que os ouvidos moucos a tamanho drama agudamente vivido pela família brasileira? Entendo que já não é sem tempo esta pergunta. Uma vez que o que se percebe é omissão, inépcia, inércia e a famigerada "cara de paisagem" das nossas autoridade diante dessa situação calamitosa.
Quem nos dias atuais pode negar que, todo vagabundo e/ou marginal vai a uma feira livre e compra uma arma de fogo com mais facilidade do que adquire um espécime nativo da fauna nacional; a resposta é óbvia e ululante.Nunca antes na história deste país se matou tanta gente trabalhadora - e, meliantes, também.
Então é desesperador constatar que, nesse ano de eleições municipais - a tirar pelo discurso inicial dos candidatos no Guia Eleitoral - os ilustres postulantes aos cargos políticos parecem fazer questão de passar ao largo desse que é sem dúvida o mais cadente tema da realidade nacional.
O pior é que essa súcia de celerados está a proliferar-se mais do que ratazanas e a emergir dos esgotos da péssima distribuição de renda e de uma contumaz deficiência educacional. Indo pois, fazer estágio de "pós-graduação" no crime em uma das nossas diversas academias de bandidagem do nosso claudicante sistema prisional-carcerário.
Mas, quem mostra na grande mídia - principalmente em ano de eleição - onde estão as raízes históricas e sociológicas dessa "psicodélica" tragédia tropical? Donde conclui-se que, as "forças ocultas" que ora movem o nosso país em direção ao abismo do modelo armamentista - importado diretamente da parte de cima da linha do equador - supostamente seriam muito mais poderosas do que as que derrubaram o presidente Jânio.
Estaria os nossos governantes também com medo delas? Porque as estatísticas nacionais não mentem sobre estar em andamento a formação massiva de uma população nacional acuada pelo crime. E, assim, apavorada e neurotizada com todas as decorrentes consequências danosas às relações interpessoais e sociais; à ordem, ao progresso e aos demais elevados interesses nacionais.
E, claro que não poderíamos concluir esta sem registrar também a nossa contribuição aos principais atores do "Festival de Grevismo que Assola o País". Aí pessoal! No sentido de colaborar para a solução dessa defasagem na segurança nacional, que tal uma "palavra de ordem" diferente, para variar?... Tipo: "Greve nacional contra a violência e os crimes de morte por arma branca e de fogo, já"!
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)