Saudação

Olá! Este é um espaço de escrita criativa com um toque de humor, e expressão da minha vontade de me aproximar do poder revelador das palavras. Testemunho do meu envolvimento com a palavra com arte, e um jeito de dar vida à cultura que armazeno. Esta página é acessível (no modelo básico) também por dispositivo móvel. Esteja à vontade.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Verso e poda



Por George W de B Cavalcanti*
(texto atualizado em 03.09.2012)


Blog,
blogo,
blague;
permite-me
mexer no modelo,
como um gatinho travesso
no afã de desenrolar o novelo.

Estória
da história
pelo memorial;
constrói a paródia
com estrofes piramidais,
a questionar o topo ausente
às lutas dos nossos ancestrais.

Rebelo
e revelo
o tanto medo;
e todo o meu zelo
nesse cuidar não notado
pela atenta e fria presunção,
do fingimento que desvela segredo:
rudes tibiezas ante um bonsai literário.

Troco
três vezes
sua caqueira;
com regularidade
como a buscar morada,
pela escolha da maturidade,
o lugar propício que se queira
para acomodar a sua longevidade.

O viver
é tudo cuidar
em detalhes mil;
até renovar sua métrica
pelo teor poético dessa vida,
ganhar ritmo com rima genérica,
na prática, a poda que lhe é requerida
para longeva estética na forma triangular.




(Ilustrações - fonte: Google Imagens)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Violência não é paisagem




Por George W de B Cavalcanti*
(texto atualizado às 08:41 de 27.08.2012)


Esta é certamente uma postagem de indignação cívica que, solidariamente, busca soma-se à opinião pública - e não somente à opinião, mas, a um verdadeiro e justo clamor nacional massivo. Face a atual generalizada preocupação da grande maioria dos cidadãos brasileiros com a segurança e a vida. Prioridade esta que, absurdamente, parece não encontrar ressonância nos corações e mentes dos que, por esses dias, fazem parte dos vários escalões de governo deste país.
 
Porque está a cada dia mais evidente que, em matéria de segurança pública dos brasileiros de nada tem servido aos nossos governantes "a voz rouca das ruas". Voz essa incansável - com não poderia ser de outra forma - na defesa dos legais e legítimos direitos à preservação do patrimônio público e privado. E, muito especial e principalmente do principal que, é aplicação constitucional em prol da integridade física pessoal e familiar; ou seja: ao direito sagrado de defesa da vida humana - nos âmbitos individual e coletivo.

O que nos parece - e creio estar aqui traduzindo a opinião da massiva maioria dos compatriotas - é que, em relação à sanguinária escalada de todo tipo de delito e crime por meio do uso de armas branca e de fogo; muito principalmente com a utilização desta últimas, há um profundo descompasso entre a problemática e a providência.

Parece que os nossos políticos, principalmente quando no governo, recebem de imediato a benesse de uma espécie de "campo de força" de incolumidade à sanha perversa disseminada que está furiosamente a banhar de sangue o nosso povo ordeiro, trabalhador e pagador de elevadíssimo volume de impostos.

Senão, por que os ouvidos moucos a tamanho drama agudamente vivido pela família brasileira? Entendo que já não é sem tempo esta pergunta. Uma vez que o que se percebe é omissão, inépcia, inércia e a famigerada "cara de paisagem" das nossas autoridade diante dessa situação calamitosa.

Quem nos dias atuais pode negar que, todo vagabundo e/ou marginal vai a uma feira livre e compra uma arma de fogo com mais facilidade do que adquire um espécime nativo da fauna nacional; a resposta é óbvia e ululante.Nunca antes na história deste país se matou tanta gente trabalhadora - e, meliantes, também.

Então é desesperador constatar que, nesse ano de eleições municipais - a tirar pelo discurso inicial dos candidatos no Guia Eleitoral - os ilustres postulantes aos cargos políticos parecem fazer questão de passar ao largo desse que é sem dúvida o mais cadente tema da realidade nacional.

O pior é que essa súcia de celerados está a proliferar-se mais do que ratazanas e a emergir dos esgotos da péssima distribuição de renda e de uma contumaz deficiência educacional. Indo pois, fazer estágio de "pós-graduação" no crime em uma das nossas diversas academias de bandidagem do nosso claudicante sistema prisional-carcerário.

Mas, quem mostra na grande mídia - principalmente em ano de eleição - onde estão as raízes históricas e sociológicas dessa "psicodélica" tragédia tropical? Donde conclui-se que, as "forças ocultas" que ora movem o nosso país em direção ao abismo do modelo armamentista - importado diretamente da parte de cima da linha do equador - supostamente seriam muito mais poderosas do que as que derrubaram o presidente Jânio.

Estaria os nossos governantes também com medo delas? Porque as estatísticas nacionais não mentem sobre estar em andamento a formação massiva de uma população nacional acuada pelo crime. E, assim, apavorada e neurotizada com todas as decorrentes consequências danosas às relações interpessoais e sociais; à ordem, ao progresso e aos demais elevados interesses nacionais.

E, claro que não poderíamos concluir esta sem registrar também a nossa contribuição aos principais atores do "Festival de Grevismo que Assola o País". Aí pessoal! No sentido de colaborar para a solução dessa defasagem na segurança nacional, que tal uma "palavra de ordem" diferente, para variar?... Tipo: "Greve nacional contra a violência e os crimes de morte por arma branca e de fogo, já"!




(Ilustrações - fonte: Google Imagens)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Por esses dias

Gerusa minha mãe, ora convalescente; passa bem

 Por George W de B Cavalcanti*


Duas lágrimas fluíram
dentre pressa e calma,
na parceria de sempre;
a escorrer no meu rosto 
e, nos meandros da alma.

Contritas e solidárias
em espírito de oração,
na aflição do momento;
da família, toda comoção
à torvelinho de tormento.

Uma gota molha a voz,
outra alaga pensamento,
em dueto por imposição;
de perigo e angústia atroz
face à grave aflitivo evento.

Alô, o que? Meu Deus,
socorre minha mãezinha!
E nessa hora de urgência
são sempre duas lágrimas,
as primeiras em clemencia.

O sentimento em clamor,
é líquido e certo andarilho
na superfície do meu rosto;
fez deixar o rastro do amor
pelo transe de julho a agosto.

As tépidas e densas amigas
não necessitam que as peça,
não precisam que eu as diga;
elas vem na solicitude precisa,
brilham na luz da fé e devoção.

Estejam à vontade queridas,
deixem pegadas de esperança,
marquem no coração do poeta;
com a pureza eterna que se tem
se dentro há coração de criança.




(Ilustrações - fonte: Google Imagens)

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