Gerusa minha mãe, ora convalescente; passa bem
Por George W de B Cavalcanti*
Duas lágrimas fluíram
dentre pressa e calma,
na parceria de sempre;
a escorrer no meu rosto
e, nos meandros da alma.
Contritas e solidárias
em espírito de oração,
na aflição do momento;
da família, toda comoção
à torvelinho de tormento.
Uma gota molha a voz,
outra alaga pensamento,
em dueto por imposição;
de perigo e angústia atroz
face à grave aflitivo evento.
Alô, o que? Meu Deus,
socorre minha mãezinha!
E nessa hora de urgência
são sempre duas lágrimas,
as primeiras em clemencia.
O sentimento em clamor,
é líquido e certo andarilho
na superfície do meu rosto;
fez deixar o rastro do amor
pelo transe de julho a agosto.
As tépidas e densas amigas
não necessitam que as peça,
não precisam que eu as diga;
elas vem na solicitude precisa,
brilham na luz da fé e devoção.
Estejam à vontade queridas,
deixem pegadas de esperança,
marquem no coração do poeta;
com a pureza eterna que se tem
se dentro há coração de criança.
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)
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