Saudação

Olá! Este é um espaço de escrita criativa com um toque de humor, e expressão da minha vontade de me aproximar do poder revelador das palavras. Testemunho do meu envolvimento com a palavra com arte, e um jeito de dar vida à cultura que armazeno. Esta página é acessível (no modelo básico) também por dispositivo móvel. Esteja à vontade.

sábado, 21 de maio de 2011

Pororoca de Esculacho



Por George W de B Cavalcanti*


Longa falácia que se enrosca em rosca,
Nesse lerdo engodo medíocre e ufanista,
Da tal nova classe média iletrada e tosca;
Elegia de aloprada sandice neocomunista.

Bem sei que, nela o ser cretino é inevitável,
A surfar nessa onda, pororoca de imperícia,
Feroz cria dessa maloca de onça e cascavel;
Resultado da derrocada moral pela estultícia.

Embaralhado painel é forno a lenha e o facho,
Onde arde contente o náufrago da ignorância;
Ferve em caldo de bandido nesse nosso tacho.

Tanta corrupção que, viceja em penca e cacho,
Enquanto a semente da boa virtude só estraga;
Eu, do meu lado, teço em verso este esculacho.


sábado, 14 de maio de 2011

Versos Sem Agendamento



Por George W de B Cavalcanti


Há um louvor em cada lágrima,
Que cai dos meus olhos ao chão.
Silenciosas letras, palavras mudas,
Fustigadas, por tantos julgamentos;
Seus injustos vereditos e jugos vãos.

Agarro-me à emoção que me envolve,
No toque do amor em sublime visitação.
Singela presença de inigualável privilégio,
Dessa lida que coloca nas águas do pranto;
Seu alvejar de ideias ao depurar da emoção.

Quanta graça traz toda essa luz à minha vida,
A traduzir em versos essa noite dos meus dias.
Bálsamo vertido, bendito ritmo faz poema novo,
Vivo e pulsante, é fruto maduro do meu coração;
Que adiciona alguma emoção à vida desse povo.

Esse dom antigo que me visita sem agendamento,
Quisera eu transmitisse o tanto de alegria e renovo.
Quando me brinda em sua rotina é só contentamento,
Generoso com o intangível é inacessível ao olho tosco;
Quando a arte cria e a repetição se corrói em desgosto.


Romance 'Roquefortizado' - de um flerte virtual

Por George W de B Cavalcanti*


Longo foi o enredo e gentil foi a nossa corte,
Gasta em longos diálogos sob o forte desejo,
Uma nobre e antiga cortesã foi à semelhança,
Toda ânimo e sôfrega em seu delírio sem pejo;
Em virtual colóquio entre a promessa e deleite,
Tanta distancia a antegozar a seu abraço e beijo,
No escoar do tempo desencantado, ao seu jeito.

Realidade no cotidiano que separa soro e queijo,
Na premissa láctea íntima pacientemente colhida,
Fez na úmida saudade iguaria a buscar ter ensejo,
Transmutou-se num lampejo dando forma a seiva;
Tão peculiar exotismo pleno de aroma e de sabor,
Com típica textura a evanescer bem a seu intento,
Assim me tornou como a pluma levada pelo vento.

Ordenou ao sonho ser a semente de dente-de-leão,
Fagueira semelhança iniciada no sítio casamenteiro,
Foi piscar de olhos a buscar afeto na tarde brumosa,
E, formosa me disse da solidão na qual assim a vejo;
Fungo de penicilina injetou, a sua pura busca de cura,
Resultou-me o poema redundantemente assemelhado,
Esfarelar ao toque forte o veio de bolor verde azulado.

Porque sempre atenta a degustar meu queijo ao vinho,
Ao tanto de cadastro banal e que resultou em repasto,
Para acompanhar o bom néctar purpúreo goela abaixo,
E, aguçar o olfato no buquê de um delírio aromatizado;
O seu palatável drama bem afeito à mesa e não à cama,
Com o cheiro forte da terra que guarda o francês rastro,
Assim concluiu nosso romance, digamos, 'roquefortizado'.




sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os sábios, os democraticidas e o 'delúvio'



Por George W B Cavalcanti*


O cidadão brasileiro não pode se deixar manipular por quem quer que seja que não compreenda - à esquerda ou à direita - o valor universal da democracia. Porque, querer que o petismo entenda o que é verdadeiramente democracia equivale a esperar que o xamanismo formule uma nova Lei da Termodinâmica.

Tenhamos bem claro e levemos em conta de que, a Presidente (/a?) à época da sua campanha, assinou e depois voltou à trás - em uma evidente manobra de pragmática dissimulação com fins eleitoreiros - em proceder a publicação do seu programa original de governo, um texto furiosamente esquerdista.

Houve a vitória do segundo documento petista que, é uma visão de mundo distorcida e perigosa, em especial no que se refere a um dos pilares consagrados da democracia - a liberdade de expressão. Porque a imprensa, seja ela falada, escrita, televisada ou digitalizada já presta contas ao Poder Judiciário.

A democracia começa a morrer quando quando um partido no governo - pela via do aparelhamento e da partidarização do serviço público - quer se arvorar em juiz da imprensa ou de quaisquer outras atividades que, por serem conquistas civilizatórias, não pertencem ao universo oficial.

A proposta petista é contaminada pelo mesmo ímpeto liberticida que na União Soviética, Cuba e Coreia do Norte serviu de base para a supressão da imprensa intependente. E que, por fim, matou a liberdade de jornais, revistas, televisão e rádio -, e, restringiu ao mínimo o acesso de suas populações à Internet.

Não permitamos, pois, que insidiosamente instalem no Brasil uma ditadura neocomunista 'bolivariana'. Cujos mentores buscam - à moda de Josef Stalin, Pol Pot e Enver Hoxha e outros do mesmo 'naipe' - decidir o que se deve ou não saber, e o que se pode ou não ter conhecimento nas atividades de governo.

Cabe nos posicionemos firmemente contra grupelhos totalitários manipuladores e enganadores. Os quais, demagogicamente hoje se servem à farta dos votos dos famigerados 'currais eleitorais' do velho 'coronelismo de touceira', que antes tanto alardeavam combater.

Ronda o Brasil uma camarilha neocomunista atéia, aboletada no poder e babando ante o poder, 'para o poder pelo poder'. Carreiristas em uma perspectiva histórica e ideologica varrida da história. Vide os atuais três únicos países de governo socialista: Portugal, Grécia e Espanha; todos clientes do óbulo capitalista.

Permitir a democraticidas e liberticidas que se perpetuem no poder será um ledo engano. Perigoso, senão fatal para o democrático e generoso povo brasileiro, historicamente zeloso de suas liberdades.

Aí estão a petulância e arrogância petista, a afrontar ao relicário constitucioal da ética e da moralidade pública. Quando, a sua cúpula o expulsou para - passadas as eleições -, refiliar o seu ex-tesoureito envolvido com 'mensalão'.

E, qual seja o nosso papel face a esse comando de ações espúrias, uma coisa é certa consoante à história: Aos esclarecidos e sábios a absolvição e aos democraticidas e liberticidas as labaredas do inferno.



"Delúvio II - o retorno" (agora com candidatura 'no forno' a vereador de São Paulo). Ninguém merece.

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