Saudação
Olá! Este é um espaço de escrita criativa com um toque de humor, e expressão da minha vontade de me aproximar do poder revelador das palavras. Testemunho do meu envolvimento com a palavra com arte, e um jeito de dar vida à cultura que armazeno. Esta página é acessível (no modelo básico) também por dispositivo móvel. Esteja à vontade.
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domingo, 24 de junho de 2012
Céu de laranja
Por George W de B Cavalcanti*
(título e texto atualizados em 03.07.2012)
Tenho na premência
do refugio de sempre
em boa linha melódica,
quase musical horizonte;
por pincelada nada breve
a espalhar na brisa a tinta.
Painel a fluir, lentamente,
a instigante cena tangerina
no horizonte feito aquarela,
a inundar de cores a mente;
beleza da imaginação divina
a conclamar todo ser vivente.
A minha anônima imagem
nela estampa-se a contento,
silhueta do meu pensamento,
ávido por sugar um céu laranja;
leve e quase a flutuar no cenário,
vou passear de bicicleta ao vento.
E, enquanto escurece amena,
ao som do seu mágico silêncio,
as notas soltas por um bandolim
tornam o firmamento um musical;
de dispor cenário a astro e estrela
em banho de cor, de brilho sem fim.
Há no anoitecer a lúgubre beleza
de arrebol em plena paz e devoção,
a recolher o som e a renascer o dom
que o tempo traduz em pura emoção;
nessa fugidia e serena riqueza de tom,
o encanto do viver, a inspirar a oração.
[Ilustrações - fonte: Google Imagens]
domingo, 17 de junho de 2012
Três mulheres, um privilégio
Por George W de B Cavalcanti*
Em tempos passados nos quais se dedicava culturalmente mais atenção, tempo e prestígio a conceitos e valores; entendo que, por mais efetivo viés religioso presente na sociedade. Especialmente no nordeste brasileiro e particularmente neste burgo, costumava-se ilustrar a prosa corriqueira amistosa com provérbio, adágio e dito popular. Então, era comum escutar-se em meio a conversa frases como: "Quem a boca do meu filho beija a minha adoça".
A primeira das três mulheres, neta de "senhor e senhora de engenho" que é e conhecedora da rica culinária doceira regional com direito a "caderno de receitas da família", pontificou à doceria. Tanto no grupo feminino familiar quanto junto à conhecidas ou agregadas ao ambiente doméstico. Além de empreendedora, correspondeu à tradição do elo gastronômico conjugal e familiar, com açúcar e com afeto. E, pela ordem, esta é hoje nos seus noventa e dois anos uma lúcida, orientada, ativa e muito querida bisavó.
A segunda mulher, neta de boticários e publicitários, é uma típica nova mulher brasileira com consciência cidadã e um aguçado senso dos seus direitos e deveres. Coloca-se na vida pró-ativamente e generosamente na finalidade social do existir, amadurecendo fascinantemente seus dons, competências e habilidades. E, no justo e apropriado dizer do seu dedicado esposo: "uma leoa na defesa de sua cria". Sábia pela simplicidade, é do tipo que mantém "os pés no chão"; e, quem não gostar dela é porque não é capaz de gostar verdadeiramente de alguém.
A terceira, neta de professores é, ainda, futuro e história a caminhar com as perninhas de uma linda e muito amada menininha. A ela aplica-se plenamente este meu já antigo pensamento: Toda criança é a esperança em si mesma, o nosso passado (todos fomos crianças, frutos do que houve) e o nosso futuro (delas depende a nossa descendência e perpetuidade); e, o nosso melhor presente (nossa vivência agora e regalo às mesmas) é fazê-las felizes. Assim, por toda a infância e pré-adolescência, tudo deve ser somente elogio e incentivo, para que os seus olhinhos brilhem como vivos diamantes.
Enfim, a esta altura certamente o/a caro/a leitor/a já assimilou o casto sentido deste texto. Uma singela, porém, sincera e justa homenagem às atuais três mulheres da minha vida: a minha mãe, a minha filha e a minha neta; esta, agora com sete meses de idade. As quais, evidentemente não me beijam a boca, mas que, com suas presenças e pelo mútuo cuidar, adoçam maravilhosamente a minha existência. Um privilégio e, o meu privilégio.
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)
domingo, 10 de junho de 2012
Enigmático "bicudo" (reflexões ~ ed. 8)
Por George W de B Cavalcanti*
(título modificado em 06/07/2012)
Enigmático trocadilho ~ Os gênios são bem lembrados, mas em vida são os mais esquecidos. (21/04/2012)
Perdidos no espaço ~ O Cadastro Nacional para localizar pessoas desaparecidas ainda não localiza nem a ele mesmo. (21/04/2012)
Allegro ma non troppo ~ ("rápido, mas não muito") A história é a sinfonia do comportamento humano; prelúdio, interlúdio e poslúdio. (21/04/2012)
Realidade e presença ~ Há personalidade e caráter de Deus presente quanticamente, nanometricamente e fractualmente distribuída em todo o mundo material. E, o humano é o único ser que O questiona, rejeita ou O aceita e ama, nessa realidade ou fora dela. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça; e quem tem olhos para ver, veja". (25/04/2012)
Crime de pátria-lesa, brindemos aos macacos ~ Quando, os Poderes Constituídos e instituições públicas - por tolerância excessiva, permissividade em demasia e frouxidão com as leis - permitem a impunidade (que assola nossa sociedade e causa prejuízo a todos) do crime de lesa-pátria, passam no concerto das nações a imagem de um povo leso; (é) adj. 1. Ofendido, lesado, física ou moralmente. 2. Bras. Idiota, amalucado - Dic. Aurélio. Ou seja, cometem um crime denominável (sugestão) como de: "pátria-lesa". A propósito, já disse o Sly Stallone que, com "jeitinho", leva-se um macaco de brinde. (30/04/2012)
Por ignorância ~ A realidade oculta pela dissimulação é tão extensa quanto é intensa a manipulação da informação e o controle sobre as multidões. Portanto, temos pouco - ou nada - do que vangloriar-nos diante das outras espécies, tidas e havidas como inferiores. Até porque pelo que relata a história somos ainda uma espécie em elevado grau de irracionalidade, e nos autodestruímos por ignorância. (01/04/2012)
"Boa noite Cinderela" ~ Na Câmara Federal deste país existem atualmente mais de 100 (cem) projetos de combate à corrupção que, dormitam e não são colocados em pauta. Crime de lesa-pátria ou, de pátria-lesa? (01/04/2012)
Simbiose institucional ~ Um Estado republicano e democrático não deve ficar 'acocorado' diante da corrupção; sob pena de ser anexado por ela e de perder a sua razão de ser. (02/04/2012)
Pode isso? ~ O Brasil tem atualmente 40% (quarenta por cento) do seu PIB (Produto Interno Bruto) na informalidade. (03/04/2012)
Aí como aqui ~ Por que será que o município em que vivo é incapaz de eleger para o Congresso Nacional, ao menos eventualmente, 1 (um) parlamentar. Alguém que, lá desenvolva um mandato dinâmico e participativo? (03/04/2012)
Misto quente ~ O laço afetivo é um misto de senso de justiça e admiração; e, o amor um coerente sentimento de benefício ao próximo. (06/05/2012)
Cebola política... ~ "Porque o mundo jaz no maligno..." Admite-se que, as nações sejam tuteladas por governos dentro do Governo; para compensar o desgoverno e/ou defender-se do próprio Governo. (08/05/2012)
Difícil contexto ~ Longe de mim postular à posição de exemplo ou modelo. Até porque, as delimitações a mim impostas pelo contexto em que vivo, atentam contra os meus mais acalentados sonhos. (08/05/2012)
Bom-"bicudo" ~ Podem falar de mim o quanto quiserem - até me chamar de "bicudo" -, o que não podem dizer é que com seriedade não penso. Logo, existo; para brilhar e ser feliz. E, isto não é prerrogativa somente minha. (08/05/2012)
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
O que me resta
Por George W de B Cavalcanti*
(texto atualizado em 04.06.2012 às 22:42)
Vida que voa como um pássaro
a deixar sua canção como rastro
que o tempo me traz ao coração,
e os versos que saem de seu bico
antes que caiam em esquecimento
eu os cato um a um com minha mão.
Pois, o que resta a este sutil poeta,
se a lida teima em negar-me a festa,
senão lembranças da afeição daquela
que, à saudade empresta os encantos
e inunda toda minha melancólica alma;
deixando réstia e sombra pelos cantos.
Canto que chama às lágrimas as coisas,
e que afoga as minhas alegrias tão cedo,
não tem promessa de secar-me o pranto
mas, de continuar o seu saudoso enredo;
de um repto que afronta-me o bom senso
com os seus mistérios e sofridos encantos.
Dá-me uma sensação precoce e dolorida,
por mais que minha fé nutra-me de alento
e alimente-me com esperanças nessa vida;
roda que gira e presenteia aleatória alegria
quando mudança no vento revela o intento
e faz do sentimento a alma da minha poesia.
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)
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