Lembro de uma brincadeira de criança que desde há muito é conhecida como: "rei do monte" ou "rei da pedra"; e que é brincada assim: Em um grupo de garotos, um dos meninos - geralmente o mais robusto e/ou mais belicoso e com fama de brigão - se coloca no topo de uma pequena elevação geográfica ou artificial de um espaço lazer. Quando, então, passa a desafiar aos demais - tidos pelo mesmo como "fracotes" - a removê-lo, pela força bruta, do privilegiado posto que ocupa. Para, eventualmente, tornar-se o novo detentor do destacado espaço físico e geográfico, e, da emblemática posição. Pelo que, imagino seja esse infantil folguedo adequado para ilustrar o que eleitoralmente continua a ocorrer, ainda, nos muitos bolsões onde manda e desmanda o "despotismo político caboclo". O qual, parece ignorado pelo propalado zelo ético dos poderes constituídos para com a autenticidade e lisura do pleitos eleitorais deste país.
Acontece que, embora o Brasil já se insira com destaque na era da tecnologia da informação e do avanço do conhecimento científico, nos tais "grotões" os respectivos chefes políticos historicamente alcunhados de "coronéis de touceira" continuam a ameaçar o avanço institucional e a saúde constitucional. Como infectos, continuam a atuar como contumazes e inveterados mercadores de voto; principalmente nos interiores e rincões afastados das metrópoles. E, notadamente o fazem sob as "vistas grossas" dos que tem o dever de ofício de defender o eleitor desse verdadeiro estupro da cidadania; esta, assim entregue a sanha insaciável e incontida das oligarquias municipais. Enquanto isso, até parece pairar no ar um retorno do "direito" medieval de primazia de tais senhores
à primeira noite das nubentes de seus respectivos feudos.
Essa é uma espúria mentalidade viciada, viciosa e viciante que, supostamente, continua a fortalecer-se na cumplicidade omissa e oportunista de uma caduca mentalidade política; de instâncias partidárias e eleitorais superiores. As quais, se o quisessem, há muito teriam dado um paradeiro a esse continuado aviltamento à dignidade humana mediante a manipulação corruptora de eleitorado. Este, segundo comenta-se "à boca miúda", ora seria cotado - a conferir - em cinquenta reais (R$ 50,00) por cabeça de eleitor em inúmeros municípios brasileiros; principalmente nas obscuras cidades interioranas nordestinas. As quais, nessa condição humilhante e por meio de obscuras manobras são mantidas ignoradas em seu calvário político, até mesmo pelo democraticamente consagrado jornalismo investigativo.
São localidades em que, os panoramas sociais e eleitorais continuam os de sempre: patéticos e cruéis. Mediante a conhecida e nefanda prática de manter o cidadão do povo e eleitor em continuada indigência de sua sustentação econômico-financeira, na alienação ideológica e na impermeabilidade ao direito; pela desinformação. E, onde o poder de tais "títeres de bananas" pontifica de maneira tão acintosa e avassaladora ao ponto de, alegarem para seus concidadãos e concidadãs só lhes restar a eles a quem recorrer para a solução de suas muitas e diversificadas premências.
Assim, o brasileiro esclarecido e de consciência cidadã se entristece, se deprime e se desesperança. Diante do descalabro contemporâneo desse macabro continuísmo que, conspira e depõe contra a equalização dos direitos e de deveres em prol da justiça social e da unidade nacional. Porque não basta se ter apenas um Brasil para todos; e, sim, urge um mesmo e equânime - pelo menos quanto à dignidade e à honradez de nossos eleitores - país livre e democrático para todos. E, já estamos cansados de ver neste país a cidadania ser malbaratada por sórdidas convicções e seus mal feitos.
Parecemos impassíveis diante da máquina eleitoreira "Curral
Eleitoral" que amputa a cidadania do pela
via do dito "voto de cabresto"; tão danoso ao iletrado quanto ao erudito e à toda nacionalidade. Um desfragmentador da dignidade humana e que, continua a serviço dos "abutres da
política" de sempre; em rincões e "grotões", a cada nova eleição. E, por oportuno propugnamos que, ou se criminaliza, também, o "Assedio Moral Político por
Discriminação Passiva e Ativa" [vulgo, cooptação política forçada
mediante coação velada ou explícita] ou não haverá Reforma do Código
Penal brasileiro coisa nenhuma.
Vê-se boquiabertos a beneplácitos no jugamento e punição da contravenção disseminada e desenfreada - à revelia da "voz rouca das ruas" -; enquanto um exemplo de honradez a resgatar a dignidade nacional vem de casal de moradores de rua do Viaduto Azevedo na Zona Leste de São Paulo. Os quais, encontraram vinte mil reais (R$ 20.000,00) abandonados e, de pronto, os devolveram aos legítimos donos. Ao que declararam: "devolvemos porque nossas mães nos ensinaram que não se dever ficar com o que é dos outros". Um exemplo e sinalização para toda nação de que, se, "o homem é produto do meio", o Cogresso Nacional estaria mal localizado.
Já tarda descontinuarmos tais práticas politicas desta pátria que, assim a descreveu o grande alagoano Jorge de Lima; premonitório: "É um país semicolonial, com as maiores possibilidades de ser uma verdadeira democracia e o maior país do futuro”. Mas que, alguns teimam em o fixar na paisagem social do início do século passado também descrita pelo Príncipe dos Poetas Alagoanos; em seu livro Minhas Memórias: "Que se poderia dizer dessa gente que parece até esquecida por Deus; e, cujo único prazer na vida consiste em entremear as noites a fazer filhos e assim aumentar a sua própria miséria".
Vê-se boquiabertos a beneplácitos no jugamento e punição da contravenção disseminada e desenfreada - à revelia da "voz rouca das ruas" -; enquanto um exemplo de honradez a resgatar a dignidade nacional vem de casal de moradores de rua do Viaduto Azevedo na Zona Leste de São Paulo. Os quais, encontraram vinte mil reais (R$ 20.000,00) abandonados e, de pronto, os devolveram aos legítimos donos. Ao que declararam: "devolvemos porque nossas mães nos ensinaram que não se dever ficar com o que é dos outros". Um exemplo e sinalização para toda nação de que, se, "o homem é produto do meio", o Cogresso Nacional estaria mal localizado.
(Ilustrações - fonte: Google Imagens)
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