Por George W de B Cavalcanti
Não se surpreenda
Também sou assim,
Um tanto diferente.
É que não sei arrancar
Do meu corpo caboclo
A pele da minha alma.
Por herdar a essência,
Da verve lusa, judaica,
Índia, negra e cafusa;
Às vezes até confusa,
Mas, pura e brasileira.
Bem sei que o reggae
Os grilhões arrebenta,
Porque dá nosso recado
Enquanto se reinventa.
Recupera toda herança
Devolve com harmonia
Meu coração de criança.
Às vezes até revoltado
Pelo político e pregador,
Rotina de tristeza e dor
No tanto mal espalhado.
Semente com a memória
De amor, paz e
harmonia.
Som com verdade e poesia,
Bom astral muito
dançante
Que nos faz assim contente.
Faz a cabeça e chama gente
Que sem o reggae fica à toa
a jogar tanta conversa fora;
Melhor é escutar coisa boa,
Musica de raiz com carinho.
E embalar a luz que condiz
À boa causa, nunca perdida.
Mexe com gente que dança,
Se o embalo é bom, de raiz.
*[Num
desses dias em que o ‘astral’ está baixo, amanhecendo, escutei a música ‘Não Basta
Ser Rasta’, do grupo musical ‘Tribo de Jah’, e, enquanto curtia a beleza da
música e da letra, pensei: meu D’us, esse pessoal além de ser meus compatriotas
são, à exceção de um, deficientes visuais (cegos). O meu coração se inundou de
júbilo e os meus olhos de lágrimas.]
(Ilustrações, fonte: Google Imagens)
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