Saudação

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Verde, Amargo e Doce


 Por George W de B Cavalcanti*


Enquanto a vida verdadeira,
Clama a cada dia por eternidade,
A vida inventada provê degradação;
E, a cegueira nos humanos continua,
Nessa desdita da criação maltratada.

Mínima percepção da tragédia é o jogo,
Na forma geométrica que não se derruba,
E, continua enquanto o pano verde encolhe;
Até não mais se ter onde se jogar os dados,
Viciados, do mundo artificialmente criado.

Castelo de cartas marcadas a desmoronar,
Sempre, ao menor vento da falsa verdade,
De tosca, arrogante e enganosa matemática;
Em que se crê numa louca irresponsabilidade,
De pagar prazer com mal sem contar o troco.

Enquanto tudo e com afiado gume,
Sempre oscilou à revelia e à sua volta,
Balançado como espada sobre cabeça;
Profecia tida como mero conto de fadas,
Do mundo que fora perfeitamente criado.


Que haja olhar enquanto há olho para ver,
Painel de saber nesse cósmico firmamento,
Didático e pedagógico em sua grande lição;
A nos bastar como nosso mais perene alento,
Retorno, princípio e lei da forma que é tudo.

Lida que nos permite perceber o entorno,
A energia interna e o equilíbrio da esfera,
Veloz e generosa ante a humana lentidão;
Nela certa coisa faz incerta outra, a nossa,
E, na solidão do espaço, já esboça a reação.


*(Guershon Ben Levi, nome hebraico recebido em Tevilah na CINA, conforme a tradição)

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