Por George W de B Cavalcanti*
Como é triste tal anonimato;
ah meu Deus, como é chato!
Não ficar em cima do muro,
mas, buscar clarear com luz,
e, ainda assim, fica no escuro.
Tal qual a grama do vizinho
tratada com um seco pasto.
Andorinha deixada de lado
só para não fazer um verão.
Por ser qual a prata da casa
ver o seu ouro ser soterrado,
ignorado qual desconhecido;
até por quem mora ao lado.
O turbilhão de verso e de rima
a achar eco além do horizonte,
quando há percurso assoreado;
por um primário senso comum
que paga a tal bem com o mal;
se o sucesso é assim chegado.
Um diamante líquido é incerto
se por ofensa pessoal tomado;
em colocar a luz em seu verso.
E, trazer com rima o ritmo novo
que muda as nuances do povo
e faz romper o capim do brejo;
nesse gotejar pelo sol banhado.
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