Por George W de B Cavalcanti
Só, repouso a cabeça e reflito,
Em bom e surrado travesseiro,
Ao aconchego do que é infinito,
Meu pensar é faminto rebento;
Projeto almejado a cada passo,
Na tepidez íntima do meu ninho,
A reclamar poesia qual alimento.
Vem à inspiração intempestiva,
Ideia quase me toma de assalto,
Mas, não rouba e só acrescenta,
Alimenta uma vocação inventiva;
Nutre em si mesma a esperança,
A boca da noite para céu aberta,
A receber versos que vem do alto.
Assim, me refaço em um instante,
Ascendo-me em triunfal migração,
Voando em círculos vou às alturas,
Planar sobre pícaro à pura emoção;
Ao contemplar a face da conjuntura,
Ter vista e nuvens como a literatura,
Que descreve o caminhar esse chão.
A cada braçada gente se esquece,
Que acima o sol queima inclemente,
No alto brilha abrasador e soberano,
Ao consumir o ousar inconsequente;
De quem a si propõe ser novo Ícaro,
Na ousadia alada desse novo tempo,
Que induz a esse destemor tamanho.
Uma cera que não firma a pena à asa,
Frágil fantasia que não sustem desejo,
Antes o transforma em ousar medonho,
Decantadas letras em uma estalagmite;
Gota a gota erguida nos limites da casa,
Sólida coluna a ligar a planos desse vão,
Espaço de caverna aonde voa um sonho.
George , tuas poesias são de tocar o coração de qualquer pessoa.
ResponderExcluirConsigo imaginar o labirinto ,;Dédalo e Icáro presos ,;A fuga com Asas de penas ,o mar ,o sól e por fim a queda
Você seu travesseiro, seu ninho.
Seus versos fluindo , como estrelas descendo em sua direção,,,,,alcançar você.
É maravilhoso.