Por George W B Cavalcati
Não obstante envolva atores de diferentes reinos,
Instigante paralelo emerge de uma poética reflexão,
Sobre a similaridade existencial da pedra e do homem;
Uma vez que são massas geométricas mercê do espaço,
Ganham em ajustes e, nuances escoam do inexorável tempo.
Tanto na forma quanto em conteúdo parecem imutáveis,
Quando ainda isenta de uma ação abrasiva a coexistência,
Em sua densa estrutura, como a de qualquer outro elemento;
Quase sempre ostentam agudas arestas e até afiados gumes,
Enquanto perdura-lhe seu muito relativo, fugaz e finito isolamento.
Porque toda matéria em estado sólido, líquido ou gasoso,
Mesmo nós, seres pensantes, quiçá em mistura inteligente,
Eventualmente achamos nossa contrapartida nesse universo;
Havendo que atritar-se, em mútuo polir para o melhor coexistir,
Senão por encaixe, como esfera justaposta e em menor desgaste.
Alguns creditam isso ao acaso e outros à determinada instância,
Ocorrer o fator atrito, tão contrário quanto é necessário a harmonia,
Ora a ensejar diálogos, colóquios de saliências com as reentrâncias:
Ora coroado por clímax e sempre atenuando as incontáveis diferenças,
Tão comuns nas superfícies das pedras quanto é no interior dos homens.
Eis o lúdico exercício de prazer que ao atento deleita na rude labuta,
Quando o intelecto, qual bisturi, disseca a tudo com precisão cirúrgica,
Revelando as entranhas existenciais ao poeta, um anatomista do abstrato;
Agraciado de um insuspeito poder que torna a alma a seu dom embevecida,
Ocorre-lhe assim o seu renovo de ânimo e de forças, em meio à sutil permuta.
União dos Palmares - AL, 09 de julho de 2008.
Não obstante envolva atores de diferentes reinos,
Instigante paralelo emerge de uma poética reflexão,
Sobre a similaridade existencial da pedra e do homem;
Uma vez que são massas geométricas mercê do espaço,
Ganham em ajustes e, nuances escoam do inexorável tempo.
Tanto na forma quanto em conteúdo parecem imutáveis,
Quando ainda isenta de uma ação abrasiva a coexistência,
Em sua densa estrutura, como a de qualquer outro elemento;
Quase sempre ostentam agudas arestas e até afiados gumes,
Enquanto perdura-lhe seu muito relativo, fugaz e finito isolamento.
Porque toda matéria em estado sólido, líquido ou gasoso,
Mesmo nós, seres pensantes, quiçá em mistura inteligente,
Eventualmente achamos nossa contrapartida nesse universo;
Havendo que atritar-se, em mútuo polir para o melhor coexistir,
Senão por encaixe, como esfera justaposta e em menor desgaste.
Alguns creditam isso ao acaso e outros à determinada instância,
Ocorrer o fator atrito, tão contrário quanto é necessário a harmonia,
Ora a ensejar diálogos, colóquios de saliências com as reentrâncias:
Ora coroado por clímax e sempre atenuando as incontáveis diferenças,
Tão comuns nas superfícies das pedras quanto é no interior dos homens.
Eis o lúdico exercício de prazer que ao atento deleita na rude labuta,
Quando o intelecto, qual bisturi, disseca a tudo com precisão cirúrgica,
Revelando as entranhas existenciais ao poeta, um anatomista do abstrato;
Agraciado de um insuspeito poder que torna a alma a seu dom embevecida,
Ocorre-lhe assim o seu renovo de ânimo e de forças, em meio à sutil permuta.
União dos Palmares - AL, 09 de julho de 2008.
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