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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Do pântano ao Planalto

Por George W B Cavalcanti


À luz da verdade e do bom senso quando o assunto é o ‘óbvio- ululante’ nesse país, erudição e senso comum parecem convergir naturalmente e o consenso torna-se ponto pacífico. E, daí por diante conclui-se que, o caráter endêmico nacional consubstancia-se na figura do eterno profissional e militante da “reinvenção da roda”. O qual, por essas plagas parece ter adquirido o status de patrimônio nacional e único “moto-perpétuo” de que se tem notícia.

Ele raciocina e age como se fora um compulsivo do questionamento renitente e improdutivo; não importando se é iletrado ou letrado. Em geral tem uma personalidade curiosa, folclórica e faz uma "zoada" danada, tanto em rodas populares quanto em centros de pesquisas ou avançados colóquios. Porque simplesmente busca roubar a cena para si a qualquer custo – custo para os outros, óbvio! - Esse ‘tipo’, digamos, microcéfalo e ruminante de pensamentos é, em termos de prática, um ser inepto e sócio-patológico.

Porque portador de uma espécie de alergia congênita à lógica objetiva que – em linguagem popular - preconiza: “o negócio não é a problemática e sim a solucionática”. A deles é outra, é o tal do: “não vim aqui para resolver e sim prá confundir” – e invariavelmente para faturar, também!... Até porque esse tipo tão comum entre nós, só vê um futuro: o do chão em que pisa. Resulta do “tônus” desta mentalidade em nosso meio o que aí está; para o espanto, insegurança, medo, pavor, banalização e infelicidade geral da nação - aqui e alhures. Esse é um nosso pior vício cultural, o de criar dificuldades para vender facilidades; e que, a despeito de códigos, instituições, sistema econômico e dos ganhos científicos que auferimos, é o nosso “calcanhar de Aquiles” - um ‘impávido colosso’ lastimavelmente incorrigível.

Essa “práxis” é conduzida e disseminada com estranha competência e liberdade pela nossa vasta casta de bípedes portadores de virtuais viseiras; autênticos metafóricos burros de carroça - cientes ou não - a serviço de interesses alienígenas esdrúxulos. Até porque no âmbito das relações internacionais não se tem amigos e sim parceiros. Na arena econômica ‘tupiniquim’, tanto quanto na global, o mais “amigo” está sempre puxando brasas para o seu próprio grande braseiro com suas gordas sardinhas e muitos buchos e bolsos para nutrir. E, com toda certeza não será um ‘tal’ poço Tupi, Tapuia ou coisa que o valha que irá livra-nos do desgaste de debater-nos até a exaustão nesse nosso pântano – de ausência ética e moral – que parece espraia-se a alcançar o horizonte.

Esse pânico massivo em tempo real aí está e, já não o suportamos mais. Vemo-nos afundar sob o peso da responsabilidade para com as novas tecnologias e suas aplicabilidades globalizadas. Parece-me que estamos envolvidos por um discurso caduco, roto, cínico e repetitivo – do ‘piqueteiro’ ao togado –; e, ao qual a mídia ‘safa’ prece aderir e não critica, apenas repete: “isso é assim mesmo, é a nossa ‘cultura’ e não tem jeito; é uma guerra sem fim!...“ Ao que ouso replicar: se é guerra... Então – metaforicamente, que fique bem claro -, em cada cidadão um soldado! Na verdade, isso aí assim está porque não sabemos o que é guerra de verdade. E, pobres dos que na realidade já o aprenderam...



União dos Palmares AL, 08 de julho de 2008.

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