Org. George W B Cavalcanti*
“Rugiu o leão, quem não temerá?
Falou o SENHOR Deus, quem não profetizará?”(Amós 3:8)
Destacamos o último sermão de Martin Luther King, disponível em língua portuguesa e em inglês. Aqui no Brasil é publicado pela Jorge Zahar Editora (“Um Apelo à Consciência”) e, acessível, na íntegra em inglês pela Internet.
“Eu estive no topo da montanha” é um texto perturbador, porque o Pastor o entregou a uma Igreja lotada em Memphis, Tennesse, no dia 3 de abril de 1968.
“Então cheguei a Memphis e começaram a me falar das ameaças... Bem, não sei o que acontecerá agora. Dias difíceis virão. Mas não me importo. Pois que estive no topo da montanha. E não me importo. Como qualquer pessoa, gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem o seu lugar. Mas não me preocupo com isso agora. Apenas desejo obedecer aos desígnios de Deus. E Ele me levou ao topo da montanha, olhei ao redor e contemplei a Terra Prometida. Posso não alcançá-la, mas quero que saibam que nós, como povo, chegaremos à Terra Prometida. Estou tão feliz: não me preocupo com nada. Não temo homem algum. Meus olhos viram a glória da presença do Senhor”...
O Rev. King lembrava, na véspera de sua morte, que um outro líder – Moisés – levou seu povo a liberdade, mas não entrou na Terra Prometida (Dt 34).
A luta contra o racismo começou, nos EUA, em 1860, quando Abraham Lincoln, um republicano contrário à escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas. Lincoln, ao assumir o posto de Presidente, declarou textualmente que os Estados Unidos eram uma “Casa Dividida”. Seu maior compromisso era acabar com a escravidão. Onze estados do Sul dos EUA, antes da posse, responderam à eleição com as armas. A guerra acabou, com a vitória dos abolicionistas, a escravidão também foi extinta, em 1865, mas o ódio prosseguia ceifando vidas – até mesmo a de Presidentes da República. Considerando que a eleição de Obama contou com inéditos votos de estados sulistas, você será capaz de entender o que levou o articulista, que citaremos a seguir, à conclusão de que, neste ano histórico, o assassinato do Pres. Lincoln e do Rev. King teriam sido, enfim, superados. Cabe perguntar: Será? Será que o racismo, explícito ou implícito, foi vencido? Será que a humanidade está pronta para mensagens de mudança, de unidade e de liberdade?
Thomas Friedman escreveu, em sua coluna no jornal New York Times que a guerra civil americana acabou no dia 4 de novembro de 2008. Mas isto não quer dizer que o racismo acabou e que após 40 anos os negros entrarão na Terra Prometida. Há, apenas, uma nova mensagem de unidade, de mudança, de superação...
Fonte: Boletim Dominical – LXII – Nº 3518 – 09 de novembro de 2008, da Igreja Presbiteriana de Copacabana – Rio de Janeiro – RJ.
União dos Palmares - AL, 05 de dezembro de 2008.
“Rugiu o leão, quem não temerá?
Falou o SENHOR Deus, quem não profetizará?”(Amós 3:8)
Destacamos o último sermão de Martin Luther King, disponível em língua portuguesa e em inglês. Aqui no Brasil é publicado pela Jorge Zahar Editora (“Um Apelo à Consciência”) e, acessível, na íntegra em inglês pela Internet.
“Eu estive no topo da montanha” é um texto perturbador, porque o Pastor o entregou a uma Igreja lotada em Memphis, Tennesse, no dia 3 de abril de 1968.
“Então cheguei a Memphis e começaram a me falar das ameaças... Bem, não sei o que acontecerá agora. Dias difíceis virão. Mas não me importo. Pois que estive no topo da montanha. E não me importo. Como qualquer pessoa, gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem o seu lugar. Mas não me preocupo com isso agora. Apenas desejo obedecer aos desígnios de Deus. E Ele me levou ao topo da montanha, olhei ao redor e contemplei a Terra Prometida. Posso não alcançá-la, mas quero que saibam que nós, como povo, chegaremos à Terra Prometida. Estou tão feliz: não me preocupo com nada. Não temo homem algum. Meus olhos viram a glória da presença do Senhor”...
O Rev. King lembrava, na véspera de sua morte, que um outro líder – Moisés – levou seu povo a liberdade, mas não entrou na Terra Prometida (Dt 34).
A luta contra o racismo começou, nos EUA, em 1860, quando Abraham Lincoln, um republicano contrário à escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas. Lincoln, ao assumir o posto de Presidente, declarou textualmente que os Estados Unidos eram uma “Casa Dividida”. Seu maior compromisso era acabar com a escravidão. Onze estados do Sul dos EUA, antes da posse, responderam à eleição com as armas. A guerra acabou, com a vitória dos abolicionistas, a escravidão também foi extinta, em 1865, mas o ódio prosseguia ceifando vidas – até mesmo a de Presidentes da República. Considerando que a eleição de Obama contou com inéditos votos de estados sulistas, você será capaz de entender o que levou o articulista, que citaremos a seguir, à conclusão de que, neste ano histórico, o assassinato do Pres. Lincoln e do Rev. King teriam sido, enfim, superados. Cabe perguntar: Será? Será que o racismo, explícito ou implícito, foi vencido? Será que a humanidade está pronta para mensagens de mudança, de unidade e de liberdade?
Thomas Friedman escreveu, em sua coluna no jornal New York Times que a guerra civil americana acabou no dia 4 de novembro de 2008. Mas isto não quer dizer que o racismo acabou e que após 40 anos os negros entrarão na Terra Prometida. Há, apenas, uma nova mensagem de unidade, de mudança, de superação...
Fonte: Boletim Dominical – LXII – Nº 3518 – 09 de novembro de 2008, da Igreja Presbiteriana de Copacabana – Rio de Janeiro – RJ.
União dos Palmares - AL, 05 de dezembro de 2008.
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