Por George W B Cavalcanti
A insensibilidade e estígma forjam o anti-herói anônimo,
O iletrado que credita o seu sofrer ao impiedoso destino,
O excluído alienado desconhece que se tornou sinônimo;
Mártir, algoz e resto de um sonho que secou ao sol a pino.
Desesperado ele deitou semente e no campo pediu bênção,
Ao político boçal e à imagem empoeirada do oratório da sala,
Tornou-se esperança migrante rezando ao padim Ciço Romão;
Cidadania em farrapos e a história em trapos no fundo da mala.
Na capital devorado viu no concreto e cimento esvair-se fé e santo;
Choram os filhos e o desengano gera amargo fruto de exclusão social,
Um bandido clientelista e protagonista diário do pasmo urbano espanto.
Sofrimento e clamor vivo de uma gente perdida e sem noção da gravidade;
Sobrados e mocambos, espigões e palafitas tingidas no vermelho da lágrima,
Da vítima e também do algoz de um sistema que os devora em sua ferocidade.
União dos Palmares - AL, 10 de setembro de 2008.
A insensibilidade e estígma forjam o anti-herói anônimo,
O iletrado que credita o seu sofrer ao impiedoso destino,
O excluído alienado desconhece que se tornou sinônimo;
Mártir, algoz e resto de um sonho que secou ao sol a pino.
Desesperado ele deitou semente e no campo pediu bênção,
Ao político boçal e à imagem empoeirada do oratório da sala,
Tornou-se esperança migrante rezando ao padim Ciço Romão;
Cidadania em farrapos e a história em trapos no fundo da mala.
Na capital devorado viu no concreto e cimento esvair-se fé e santo;
Choram os filhos e o desengano gera amargo fruto de exclusão social,
Um bandido clientelista e protagonista diário do pasmo urbano espanto.
Sofrimento e clamor vivo de uma gente perdida e sem noção da gravidade;
Sobrados e mocambos, espigões e palafitas tingidas no vermelho da lágrima,
Da vítima e também do algoz de um sistema que os devora em sua ferocidade.
União dos Palmares - AL, 10 de setembro de 2008.
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